"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O fogo que não se apaga

















SEBADOH
Bubble And Scrape
[Sub Pop, 1993; Reedição: Domino, 2008]

Para além de nova música, que tem lançado em quantidade e qualidade no últimos quinze anos, a Domino Records tem nos últimos tempos desempenhado um especial papel no mercado das reedições, recuperando assim inúmeros tesouros há muito indisponíveis. Neste particular é compreensível que os Sebadoh tenham tratamento especial, ou não tivesse o trio de Boston motivado a fundação da editora londrina.
Com a edição comemorativa do 15.º aniversário deste compêndio lo-fi ("remastered to imperfect perfection", como se lê no autocolante da caixa do CD) fecha-se com chave-de-ouro a recuperação da primeira fase da vida dos Sebadoh, para muitos a mais criativa.
Gravado em condições paupérrimas, Bubble And Scrape (B&S) representa o amadurecimento de uma fórmula, i.e., a conjugação, qual carrossel esquizofrénico, das diferentes sensibilidades dos três compositores da banda: Lou Barlow, Eric Gaffney e Jason Loewenstein, com o primeiro a revelar-se um especialista na feitura de canções de amor de travo agridoce.
Como é costume nestas ocasiões, esta deluxe edition vem acrescida de inúmeros extras (quinze ao todo), expandindo-se até um total de 32 faixas num só disco, o que diz bem da duração média dos temas. Além disso, no booklet, cada uma dos músicos relata as suas memórias do período de gravação de B&S, com denominador comum nas tensões entre Barlow e Gaffney que levariam ao abandono deste último.
Ainda que não fosse o disco histórico que inegavelmente é, B&S seria sempre lembrado por esse assombro de tema com que abre e que nunca é demais recordar.


2 comentários:

Shumway disse...

"Soul and Fire" é subervo.
Favoritos cá da casa.
De resto já disse tudo quando escreveste sobre eles anterioresmente. :-)

Abraço

O Puto disse...

Quem me deu a conhecer os Sebadoh foi o meu irmão mais novo, via "Bakesale". Confesso que conheço melhor a recta final da carreira do trio, a qual aprecio bastante.