"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

domingo, 29 de junho de 2008

Ao vivo #21, ou o Amor é um gajo estranho, ou Arriba! Avanti Pop Dell' Arte!














Pop Dell' Arte @ ZdB, 28/06/2008

Compreensivelmente, e à semelhança de uma imensa minoria, não tive a sorte de ver os Pop Dell' Arte (PD'A) em concerto na sua fase quase mítica, vai para uns bons vinte anos. Depois de uma série de irritantes cancelamentos sucessivos, João Peste & Cia. regressariam em força em Julho de 2005 na sala do Fórum Lisboa. Seria essa a primeira vez que tinha o ensejo de ver in vivo os PD'A.
Se aquele excelente concerto de há três anos tinha sido uma espécie de super-produção, a consagração da Fénix renascida, ontem à noite aconteceu aquilo que imagino ser a reconstituição das míticas prestações do tempo em que os PD'A eram os maiores agitadores da pop made in Portugal. O carácter informal, o alinhamento tipo best of, e o ambiente criado pela assistência mais "boa onda" que jamais vi num concerto para isso contribuíram.
O espectáculo propriamente dito, que ultrapassou largamente a hora e meia de duração, dividiu-se em duas partes distintas: uma primeira, em jeito de aquecimento, com alguns temas mais introspectivos, nos quais se destaca o cunho performativo de Peste; e uma segunda reservada a um sem número de "clássicos" mais ritmados que puseram toda a gente a dançar, elevando a temperatura do espaço exíguo do aquário da ZdB para perto dos 50ºC. Como será fácil de adivinhar, não faltaram "My Funny Ana Lana", "Querelle", "Sonhos Pop", ou "All You Need Is Money". Já em encore, lá viria finalmente "Zip Zap Woman" (insistentemente pedido desde o início da noite), "Esborre" e - surpresa, ou nem tanto - uma versão de "20th Century Boy" dos T.Rex.
Este concerto surge num período em que circulam rumores de um possível novo disco dos PD'A, o que, vindo de quem vem, é esperar para ver... Resta-nos acreditar que este Peste renascido ainda tenha um sonho ou dois...

1 comentário:

Anónimo disse...

Foi tão bom, tão bom, tão bom que, desta vez, nem o calor me incomodou!

Arriba!Avanti, Pop Dell'Arte!