A fechar com chave de ouro uma série verdadeiramente louca de concertos, nada melhor do que aquela que é já uma das mais importantes bandas desta década - os nova-iorquinos Liars.
Sendo esta a terceira vez que os via ao vivo, dos Liars já me habituei a esperar novas surpresas a cada espectáculo, até porque a música produzida pelo trio, num registo sobejamente free, permite inúmeras roupagens.
Desta feita, ao núcleo duro acrescentam um quarto membro (guitarrista), o que confere uma maior envergadura aos temas. No entanto, o resultado fica aquém do esperado, muito por culpa das péssimas condições de acústica da sala. O maior prejuízo sente-se nos temas mais escorreitos do último disco, obviamente prato principal do alinhamento apresentado.
Estranhamente, Angus Andrew, um entertainer por natureza, apresentou-se ontem mais circunspecto do que o habitual. Ainda assim, na segunda metade do concerto tornou-se mais dialogante, chegando a prometer uma surpresa. Muitos esperaram, em vão, algo do calibre de "Territorial Pissings", dos Nirvana, que encerrou o concerto de há dois anos. Em todo o caso, saldo positivo.
Dos espasmos post-punk que caracterizavam o EP de estreia dos Loosers resta apenas a memória. Cada concerto da banda lisboeta - curiosamente alargada a quarteto, tal como a principal atracção da noite - é uma experiência nova, um teste aos sentidos. Por vezes a coisa resulta, outras nem por isso...
Ontem, os intentos foram plenamente conseguidos, com um único tema (longo, obviamente) em que o groove é palavra de ordem. Free-jazz, post-rock da escola de Chicago, ecos tribalistas, tudo cabe na música dos Loosers, ontem, mais do que nunca, a fazerem lembrar aquela que me parece ser a maior influência da música intuitiva actual: os (injustamente) esquecidos Savage Republic. Confiram, sff.
Sendo esta a terceira vez que os via ao vivo, dos Liars já me habituei a esperar novas surpresas a cada espectáculo, até porque a música produzida pelo trio, num registo sobejamente free, permite inúmeras roupagens.
Desta feita, ao núcleo duro acrescentam um quarto membro (guitarrista), o que confere uma maior envergadura aos temas. No entanto, o resultado fica aquém do esperado, muito por culpa das péssimas condições de acústica da sala. O maior prejuízo sente-se nos temas mais escorreitos do último disco, obviamente prato principal do alinhamento apresentado.
Estranhamente, Angus Andrew, um entertainer por natureza, apresentou-se ontem mais circunspecto do que o habitual. Ainda assim, na segunda metade do concerto tornou-se mais dialogante, chegando a prometer uma surpresa. Muitos esperaram, em vão, algo do calibre de "Territorial Pissings", dos Nirvana, que encerrou o concerto de há dois anos. Em todo o caso, saldo positivo.
Dos espasmos post-punk que caracterizavam o EP de estreia dos Loosers resta apenas a memória. Cada concerto da banda lisboeta - curiosamente alargada a quarteto, tal como a principal atracção da noite - é uma experiência nova, um teste aos sentidos. Por vezes a coisa resulta, outras nem por isso...
Ontem, os intentos foram plenamente conseguidos, com um único tema (longo, obviamente) em que o groove é palavra de ordem. Free-jazz, post-rock da escola de Chicago, ecos tribalistas, tudo cabe na música dos Loosers, ontem, mais do que nunca, a fazerem lembrar aquela que me parece ser a maior influência da música intuitiva actual: os (injustamente) esquecidos Savage Republic. Confiram, sff.
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