GODSPEED YOU BLACK EMPEROR!
F#A#∞
[Kranky, 1998]
Embora tenha conhecido uma primeira edição limitada a 500 exemplares em 1997, só um ano depois o mundo exterior ao Canadá, de onde os GYBE! provêm, teria acesso à versão final e definitiva de F#A#∞: três longas faixas dividas em diversos andamentos, como se de uma obra erudita se tratasse.
O monólogo do trecho inicial - "The Dead Flag Blues" - deixa o aviso: o apocalipse está próximo! Uma temática recorrente em finais de milénio, mas desenvolvida pelos GYBE! com uma convicção sem igual, mesmo que F#A#∞ abdique, quase em absoluto, do recurso à palavra.
Nos segmentos seguintes, somos guiados por um cenário de devastação. A espaços, a luz emana, e renasce uma esperança ténue. Logo, regresso ao caos em mais um crescendo galopante, até ao Fim inevitável, assinalado nos minutos de silêncio do penúltimo trecho de "Providence".
Como obra seminal que é, F#A#∞ geraria uma miríade de derivados, até à total saturação de uma fórmula. Porém, dez anos volvidos, a sua aura permanece intacta, elevando-o acima de qualquer tentativa de clonagem.
Um disco intemporal e obrigatório para melhor entender algumas das coordenadas da música actual. Poético, cinemático, misterioso, denso, negro, mas infinitamente belo...
O monólogo do trecho inicial - "The Dead Flag Blues" - deixa o aviso: o apocalipse está próximo! Uma temática recorrente em finais de milénio, mas desenvolvida pelos GYBE! com uma convicção sem igual, mesmo que F#A#∞ abdique, quase em absoluto, do recurso à palavra.
Nos segmentos seguintes, somos guiados por um cenário de devastação. A espaços, a luz emana, e renasce uma esperança ténue. Logo, regresso ao caos em mais um crescendo galopante, até ao Fim inevitável, assinalado nos minutos de silêncio do penúltimo trecho de "Providence".
Como obra seminal que é, F#A#∞ geraria uma miríade de derivados, até à total saturação de uma fórmula. Porém, dez anos volvidos, a sua aura permanece intacta, elevando-o acima de qualquer tentativa de clonagem.
Um disco intemporal e obrigatório para melhor entender algumas das coordenadas da música actual. Poético, cinemático, misterioso, denso, negro, mas infinitamente belo...
2 comentários:
Mais um ilustre desconhecido que, a julgar pela descrição, tem uma reminiscência prog acentuada, o que para mim são boas notícias... :)
Nada consensuais. As formulas sonoras são de uma beleza singular.
Os 2 primeiros discos são fantásticos.
Abraço
Enviar um comentário