"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Singles Bar #54







STEREOLAB
Super-Electric
[Too Pure, 1991]





No presente, quando o nome Stereolab vem à baila, ocorre-nos logo uma sonoridade pop de travo clássico, com laivos de easy-listening e de chanson française. Quase já esquecemos que, nos primórdios, a banda do casal Tim Gane e Lætitia Sadier subsequente à morte dos saudosos McCarthy militava na facção rock. Não será por acaso que, juntamente com a reciclagem kraut dos Th' Faith Healers e a aridez rock de PJ Harvey, tiveram primeira exposição com selo da Too Pure, uma editora com uma proposta ousada, claramente divergente da América grunge e do Reino Unido dividido entre o shoegaze e o último fôlego baggy. No caso dos Stereolab, há claras afinidades com os primeiros, desde logo pela pulsão teutónica da bateria e pela linha minimalista dos teclados analógicos. Nos temas desses primeiros tempos, como é caso de "Super-Electric", há uma clara prevalência das guitarras carregadas de fuzz. Embora seguindo uma sobriedade que deixa antever a posterior evolução da banda, há por aqui uma carga rítmica, bem patente nas linhas de baixo,  que se perdeu com o passar do tempo. Na voz, angelical e alheada, há ainda resquícios do movimento twee-pop contemporâneo dos McCarthy. Autêntico objecto cinético, "Super-Electric" foi na altura merecedor do primeiro vídeo - perfeitamente adequado - com a marca Stereolab. Ei-lo, apresentado pela dupla Gane-Sadier:

4 comentários:

eduardo disse...

grande malha. tenho o cd single.

Gravilha disse...

malhissima! da melhor fase dos stereolab (91-93), embora tudo o que se seguiu seja, na generalidade, GENIAL! o novo album - not music - sai daqui a nada.
abraço,

M.A. disse...

Concordo em pleno, Mr. Gravilha. Só não sabia do novo disco. Com a Laetitia concentrada no disco a solo, pensei que estavem em licença sabática.

Abraço.

eduardo disse...

Os Stereolab estão de facto parados mas o Not Music são sobras da gravação do Chemical Chords, ainda assim acredito que seja bom.