"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 17 de março de 2008

SINGLES BAR #19


















THE CHILLS
Pink Frost

[Flying Nun, 1984]

I want to stop my crying
I want to stop my crying
But she's lying there dying
How can I live when you see what I've done?
How can I live when you see what I've done?
What can I do if she dies?
What can I do if she dies?
What can I do if she's lost?
Just the thought fills my heart with Pink Frost


Em 1984 já os Orange Juice definhavam, os Smiths davam os primeiros passos, e os Wedding Present estavam ainda para vir. Do outro lado do mundo, mais propriamente da Nova Zelândia, chegava este tema incontornável que fazia as delícias dos cultores do indie pop.
Sobre uma melodia circular gélida - a fazer jus ao nome da banda - ecoa a desolação na voz de Martin Phillips. A letra, por contraponto à pureza da melodia, é quase tétrica, deixando ler nas entrelinhas algumas referências da relação do cantor com as drogas.
Falar dos The Chills é falar de Phillips, o único membro permanente nos mais de vinte e cinco anos de carreira, os quais não renderam, até à data, mais que três álbuns de originais. Mas ainda que não tivessem feito mais nada, este tema por si só é garante de um lugar na eternidade.
Para quem não conhece, fica o aviso: a essência do indie pop está aqui, num dos mais belos pedaços de música que me foi dado a ouvir.
Obrigatório é termo mais que apropriado.

2 comentários:

Red Dust disse...

Ah... mas fizeram muito mais. :)

Ultimamente não tenho tido notícias da banda, mas tenho 3 álbuns ("Brave Words", "Submarine Bells" e "Soft Bomb") todos eles completamente recomendáveis.

Agora tenho dúvidas é se os 'The Chills' são minimamente reconhecíveis cá no nosso burgo.

Abraço.

M.A. disse...

Seja pois bem vindo a esta humilde tasquinha, meu caro Red Dust.

Eu não diria que os Chills são pouco reconhecidos por cá, diria antes que são ignorados.
A recuperação desses nomes injustamente esquecidos é uma das razões de existir deste blogue. Por isso, conta com muitos outros tesouros no futuro.

Abraço e volta sempre