Em matéria de crítica musical, visões apaixonadas nunca foram sinónimo de análises objectivas. O mesmo serve para os ódios extremados.
Todos concordarão se disser que o caso em apreço cai, invariavelmente, na categoria das paixões assolapadas.
Como sempre ouvi esta malta de Bristol com agrado e em doses moderadas, não mentirei ao afirmar que me encontro numa posição mais ou menos neutral. Como tal, confesso-vos que ainda não houve qualquer força superior que me levasse a surripiar o álbum que aí vem e que, há já algum tempo, se encontra disponível por meios à margem da lei.
Como um bom cidadão cumpridor das normas legais, ouvi apenas o single que lhe servirá de aperitivo, o tal que tem motivado o uso de adjectivos reservados às obras mestras. Se querem uma opinião sincera e distanciada, baseada numa boa vintena de audições, digo-vos que a coisa me soou algo mal amanhada, sem ponta por onde se lhe pegue. E digo-vos mais: aquela VOZ que se sobrepõe às descargas desconexas, próprias de aprendizes das electrónicas, é um autêntico desperdício.
Por isso, vai por mim Beth, a coisa foi boa enquanto durou! Agora, é levantar a cabeça e seguir caminho. Sem essa rapaziada, é claro!
Em todo o caso, e como não quero que vos falte nada, para aqueles 0,5% de habitantes do mundo ocidental que ainda não o ouviram, aqui fica o dito:
Todos concordarão se disser que o caso em apreço cai, invariavelmente, na categoria das paixões assolapadas.
Como sempre ouvi esta malta de Bristol com agrado e em doses moderadas, não mentirei ao afirmar que me encontro numa posição mais ou menos neutral. Como tal, confesso-vos que ainda não houve qualquer força superior que me levasse a surripiar o álbum que aí vem e que, há já algum tempo, se encontra disponível por meios à margem da lei.
Como um bom cidadão cumpridor das normas legais, ouvi apenas o single que lhe servirá de aperitivo, o tal que tem motivado o uso de adjectivos reservados às obras mestras. Se querem uma opinião sincera e distanciada, baseada numa boa vintena de audições, digo-vos que a coisa me soou algo mal amanhada, sem ponta por onde se lhe pegue. E digo-vos mais: aquela VOZ que se sobrepõe às descargas desconexas, próprias de aprendizes das electrónicas, é um autêntico desperdício.
Por isso, vai por mim Beth, a coisa foi boa enquanto durou! Agora, é levantar a cabeça e seguir caminho. Sem essa rapaziada, é claro!
Em todo o caso, e como não quero que vos falte nada, para aqueles 0,5% de habitantes do mundo ocidental que ainda não o ouviram, aqui fica o dito:
Portishead "Machine Gun" (Island, 2008)
9 comentários:
Não baixes já os braços. Essa 'Machine Gun' é claramente a pior música do álbum. E alías há até um belo momento a la Out of Season que te vai agradar com certeza. Mas só quando o dito sair nos escaparates claro...
Bj
Olha que esta música não é nada representativa do resto do álbum, pelo que ouvi ontem ao vivo no Coliseu!!! E ainda bem, porque sinceramente, esta música é um bocado má. As músicas que ouvi ontem ao vivo do novo álbum agradaram-me bastante, a sonoridade está diferente (ufff) e, principalmente, as 2 últimas novas que eles tocaram são muito boas!!! Fiquei com curiosidade em ouvir, coisa que não pensei que fosse acontecer...
não é uma música fácil, estranho ser o single quando têm tantas grandes músicas no albúm, como se pode ouvir nos concertos.
"Machine Gun" ao vivo resulta muita bom, e tem tudo a ver com o nome ...
definitivamente Portishead deixou de ser música para menina ouvir, o som passou a ser mais agressivo, muito mais sujo, e ainda bem .... as canções de dummy ao pé das novas parecem musiquinhas para ouvir ao cair da noite.
Grande passo em frente da Beth e companhia...
Devo concordar nesse aspecto, em que a voz não fica lá muito melódica juntamente com esta percussão. Mas parece-me também que neste vídeo a qualidade não é a melhor...no álbum está melhorzinha. Mas realemente, o álbum não dá para ser julgado com esta música, porque o resto quase nada tem a ver...nota-se uma clara aposta num instrumental mais sombrio, que pessoalmente me agrada bastante. Se os Portishead regressassem agora, passados 10 anos, da mesma maneira aquando da sua despedida, seria dizer que esses 10 anos não serviram para nada. Gostei bastante do álbum, uma recriação, novos horizontes...isso é que me fascina na música...a procura d enovos caminhos. Talvez aqueles que mais intensamente viveram os anteriores álbuns, seja algo estranho de se ouvir, mas eu cá acho que eles tomaram a melhor opção :)
Confesso que a minha opinião é baseada no mais puro e simples preconceito [Tendo sempre a desconfiar das coisas demasiado consensuais e os Portishead (talvez por serem muito "mansos") nunca me encheram as medidas]: acho que esta canção é má.
Parece quase inacabada. Salta aos ouvidos a falta de um elo de ligação entre o instrumental (que me soa à imitação de coisas que ouvi há uns anos) e a voz.
Quanto ao resto álbum, não me prenuncio porque não o ouvi.
Mas gostos são gostos e, como diz o povo, os gostos não se discutem [quando muito manifestam-se...].
Correcção: pronuncio
Meus caros:
Pelo menos estamos todos de acordo quanto à fraca qualidade deste tema. Sendo assim, nem toda a gente anda com vista (ou os ouvidos) toldada :)
O fanatismo às vezes atinge proporções tais, que já cheguei a ler algures que a Beth Gibbons estava linda, no concerto de Lx. Dito assim, é quase uma ofensa, pois com tantos atributos que a senhora tem, não era necessário inventar mais um.
Aproveito ainda para lembrar os mais distraídos que, por cá, tanto se ouve "música difícil", como "música de menina". Desde de que boa, é claro! :)
Beijos & Abraços
eu chego aqui atrasado para discordar do tal consenso: não acho esta música fraca, longe disso. estranhei muito das primeiras vezes que a ouvi, mas quanto mais a ouço mais gosto.
claro que a parte instrumental soa a coisas que já todos estamos fartos de ouvir (desde cabaret voltaire a neubauten), mas não conheço nada feito nos últimos anos que não caiba nessa categoria...
mas "amigos à mesma", hein? :))))
abraço
Meu caro:
Para mim o problema não está apenas no instrumental, mas sim na combinação deste com a parte vocal, que não encaixa.
E, ao pé disto, os Cabaret Voltaire de há 30 anos eram uns virtuosos :)
Mas "amigos à mesma", claro!
Abraço
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