"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

terça-feira, 18 de março de 2014

R.I.P.



SCOTT ASHETON
[1949-2014]

Morreu no passado sábado, dia 15, aos 64 anos e de causas ainda desconhecidas, Scott Asheton, baterista fundador dessa verdadeira instituição da rebelião rock chamada The Stooges.

À data da morte, e para além do frontman Iggy Pop, era o único membro constante de toda a existência da lendária banda de Ann Arbor, Michigan, que os dois formaram em 1967 juntamente com o guitarrista Ron Asheton (irmão de Scott, m. 2009) e o problemático baixista Dave Alexander (m. 1975). Durante a sua primeira vida, entre a fundação e a dissolução em 1974, os Stooges editaram três álbuns essenciais para se entender o quão selvagem o rock consegue ser. Menos politizados que aqueles, mas igualmente irreverentes e dados ao desacato, protagonizaram juntamente com os MC5 um pequeno movimento de contra-cultura com origem na zona de Detroit na viragem dos sessentas para os setentas. Uns e outros, pela sua postura e pela rispidez suja da música, seriam pedras basilares da toda a estética punk. Se, tal como no caso de tantos outros percursores, aqueles três discos editados pelos Stooges não foram propriamente sucessos comerciais na altura do seu lançamento, ganhariam estatuto de culto com o passar dos anos, tornando-se referências para toda uma facção rebelde do rock. Talvez tenha sido esse significativo reconhecimento tardio que tenha estado na origem do regresso à actividade, em 2003, proporcionando a uma nova geração uma ideia do que seria o reboliço dos concertos seminais. Desde aquela data, já lançaram dois álbuns de estúdio, qualquer deles apenas uma sombra pálida daquele catálogo verdadeiramente clássico.

No Fun by The Stooges on Grooveshark
[Elektra, 1969]

Search and Destroy by Iggy & The Stooges on Grooveshark
[Columbia, 1973]

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