"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Em busca da redenção

















Retomando a personagem principal de um post recente, volto hoje a falar-vos de Dean Blunt, um nome que convém fixar. Hoje ainda apenas seguido pelos adeptos das electrónicas, sobretudo da facção pós-dubstep, este britânico é, a avaliar pelo ritmo das suas edições, um trabalhador incansável. No ano passado, não só nos deu o brilhante Black Is Beautiful, também creditado a Inga Copeland, que juntamente com ele antes respondia por Hype Williams, como The Narcissist II, um longo EP de uma única faixa dividida em vários segmentos. Neste último, era notório um afastamento dos abastraccionismos do passado, numa peça cinemática que nos revelava cenas da vida íntima de um casal à beira da ruptura.

Os desenvolvimentos do último registo em nome individual serão, certamente, seguidos no próximo - o álbum The Redemeer, agendado para inícios de Maio. Assim nos leva a crer "Papi", a primeira faixa tornada pública que, curiosamente, sampla ostensivamente "Echoes" dos Pink Floyd. Neste tema, Blunt surge-nos naquilo que poderemos catalogar como o seu registo mais "romântico". Com frases ternas como "You bring out the best in me", e num ritmo lento de music hall para horários tardios, é suprimida toda a asfixia do ambiente denso que ainda caracterizava The Narcissist II. Com a redenção, lá mais para a Primavera, virá um maior reconhecimento das massas. É só uma aposta...


"Papi" [Hippos in Tanks, 2013]

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