"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

terça-feira, 22 de março de 2011

In a bar, overseas














Já leva anos a discussão em torno da perda de relevância da música britânica face ao progressivo domínio norte-americano. Por acaso, até sou da opinião que, de há uns anos a esta parte, do reino de Sua Majestade chegam amiúde propostas bastante estimulantes que contrariam alguma estagnação da concorrência ianque. E até acho que as mais interessantes são aquelas que exibem com maior orgulho os traços de uma certa englishness, ou aquilo a que alguns teóricos, em tom menos abonatório, gostam de chamar "demasiado inglês".

Um exemplo flagrante que sustenta a tese supra explanada são os Pete & The Pirates, colectivo de Reading responsável pelo pungente Little Death (2008), disco que, apesar da sua valente dose de saudável loucura ao bom estilo britânico, sustém aquele histrionismo que tomou de assalto o gosto de muitos consumidores de música. É um daqueles discos a que regresso frequentemente para uma reapreciação sempre em alta. De então para cá, recorde-se, o vocalista Thomas Sanders já nos brindou com o delicioso segundo álbum do projecto paralelo Tap Tap.

Satisfeitas as vontades pessoais, o ano passado foi ano de regresso ao estúdio para a concretização do segundo registo. O resultado está para breve - 23 de Maio é grande dia - sob o título genérico One Thousand Bars. Em relação ao dito, já levantaram a ponta do véu com um primeiro single cujo tema principal se apresenta mais abaixo. Como decerto irão constatar, esta primeira amostra é uma subtil incursão pelos territórios do synth-pop (também eles?!) que, ao bom estilo P&TP, culmina num refrão que é um frenesim de alegria agridoce. Até daqui a dois meses, é ouvir e chorar por mais...

"Come To The Bar" [Stolen, 2011]

3 comentários:

Gravilha disse...

não podia estar mais de acordo em relação á velha questão UK / USA; é ciclica a "supremacia" de uma ou de outra parte e, nesta fase, os ingleses até se vão aguentando. Quanto aos P&P, promete! pela introdução e pelos 5'40, parece-me que andam metidos no kraut.
abraço!

M.A. disse...

Referes-te ao kraut-música ou ao kraut-erva? :)
Pelo título, diria que andam metidos nos copos!
Abraço.

O Puto disse...

Já tinha sido surpreendido por outro single numa emissão da Vodafone FM, rádio que me tem surpreendido ao volante. Tal como tu, devorei o disco de estreia e aguardo com expectativa o sucessor.