"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Monstros por companhia
















Com quase trinta anos de carreira, e sem qualquer alteração no line-up desde a fundação, os The Bats são uma lenda viva da pop neozelandesa e, sem exageros, da indie-pop mundial. Com vagar, e sem qualquer tipo de cedência a qualquer espécie de tendências, estas quase três décadas renderam não mais que sete álbuns. O último é o recente Free All The Monsters, que assinala o regresso às edições pela emblemática Flying Nun, agora liberta das garras das multinacionais e reactivada pela mão do benfeitor Neil Finn.

Quem conhece o trabalho da banda não espera do novo disco a revolução que vai abalar as estruturas pop/rock, pois nunca foi esse o propósito dos The Bats. Espera-se de Free All The Monsters, apenas e só, o enriquecimento de um já rico cancioneiro com mais uma dúzia de gemas, e posso-vos assegurar que essas expectativas não sairão defraudadas. Os novos temas são, como sempre, canções sem tempo, desbotadas mas profusamente melódicas, com a inevitável harmonia das vozes de Robert Scott e Kaye Woodward, e agora com um reforço no pendor atmosférico. Têm a dose certa de melancolia e, na melhor tradição indie-pop canónica, muitas regressões aos tempos imaculados da juventude. Por exemplo, o tema-título recua até à infância e às suas fantasias. O ternurento vídeo, quase de contornos ETianos, assenta-lhe como uma luva:

"Free All The Monsters" [Flying Nun, 2011]

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