"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ao vivo #78














Kid Congo & The Pink Monkey Birds @ Armazém do Chá, 16/12/2011

Quando a já de si excitante visita à Invicta tem como bónus concertos deste calibre (pela módica quantia de € 3,00) justificam-se expressões como "a cereja no topo do bolo" ou, mais de acordo com os hábitos de certos clubes tripeiros, "ouro sobre azul". 

Kid Congo Powers, essa velha raposa do rock'n'roll que já serviu nos lendários The Gun Club e The Cramps, ou ainda na pandilha The Bad Seeds, é homem imune a modas e tendências, tendo como único propósito rockar como se não houvesse amanhã. Nesse devir, tem nos Pink Monkey Birds a companhia perfeita, pois esta é banda que consegue extrair todo o groove da sujidade garage destilada em palco. Com um som primoroso, e ao longo de aproximadamente hora e meia, desfila um conjunto de temas enérgicos, gingões, e contaminados pelo vírus do rock mais transgressivo. Como brinde, o irrequieto mestre de cerimónias ainda presenteia a plateia com uma série de piadas sobre hippies dignas de uma antologia (ex: "What's red and orange and fits good on a hippy? Fire!"). E como se não bastassem as oferendas, Kid Congo puxa ao saudosismo com um par de temas do reportório da sua banda mais emblemática ("For The Love Of Ivy" e "Sex Beat", dos Gun Club), obviamente recebidos pelo incansável público com entusiamo redobrado. 

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