"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

terça-feira, 18 de outubro de 2011

I'm amazzed!


















No extenso rol de músicos saídos do "movimento" Paisley Underground, mais que ninguém, David Roback ocupa o papel do rebelde, o inconformado que cedo abandona cada projecto em busca de novas experiências. Militou primeiramente nos Rain Parade, que deixou para formar e coordenar os Opal. Pelo meio deu ainda origem aos Rainy Day, projecto de versões que contou com várias vozes convidadas. Nestes dois últimos deixou a impressão de que andava à procura da voz feminina que melhor encarnasse as suas canções de uma melancolia árida. Encontrou-a em Hope Sandoval, dona de uma voz tão frágil como a sua silhueta, mas tão bela e delicada como os traços do seu rosto angelical. Juntos encabeçaram os Mazzy Star, autores de três assombrosos álbuns que renderam um sucesso acima da média. Depois veio o silêncio que já leva quinze longos anos. No ínterim, dele pouco se soube para além das escassas contribuições para bandas sonoras, enquanto ela alternou as colaborações em discos de outrém com o par de álbuns lançados com os Warm Inventions, projecto que fundou com Colm Ó Ciosóig, dos My Bloody Valentine.

Aquando do lançamento do segundo disco destes últimos, Sandoval dava conta que, apesar da prolongada ausência, os Mazzy Star continuavam activos. Esta revelação fez criar expectativas em torno de um eventual quarto álbum, que agora ganham forma com o anúncio do single Common Burn, lá mais para o final do mês e em formato digital. A seguir, está também previsto o lançamento do mesmo (com o lado B "Lay Myself Down") em vinil de 7". À falta de sons que não sejam um pequeno excerto do tema-título, a notícia é motivo bastante para que celebremos com a recordação daquele que é, por enquanto, o último asso(br)o:

"Flowers In December" [Capitol, 1996]

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