"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A Grécia a arder
















É facto consumado que as sonoridades de sessentas vieram para ficar no menu de muitas novas bandas. Com especial incidências nos Estados Unidos, mas um pouco por todo o globo, são incontáveis os jovens músicos rendidos ao garage, ao psych, ou ao surf-rock, muitas vezes com especial preferência por um dos "géneros", outras tantas combinando tudo em enérgicos melting pots de travo retro. Nesta última categoria fiquei agradavelmente surpreendido com os Acid Baby Jesus, banda que tem proveniência na improvável Grécia, país que, como todos sabem, é normalmente falado por motivos que não vale a pena relembrar.

Depois de causar furor com um par de pequenos formatos, e com os respectivos e incendiários concertos promocionais por essa Europa fora, o quarteto ateniense acaba de editar um primeiro álbum homónimo. Das treze curtas faixas que o compõem podem esperar energia a rodos, muita sujidade, gravações sem grandes cuidados técnicos, e também um bem vincado sentido de melodia ao serviço da canção, sem que isso ponha em causa o cariz transgressor dos mesmos. Quer isto dizer que Acid Baby Jesus demosntra a bandas como os espalhafatosos e hiper-sobrevalorizados Black Lips que a javardeira apenas é a via prioritária para quem tem escassez tanto de talento como de neurónios. Oiçam-no na íntegra e comprovem pelos vossos próprios timpanos:


[Slovenly, 2011]

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