Algures no decorrer do ano passado, após o abandono do guitarrista Colin Mee, circularam boatos de que os Deerhunter tinham acabado. Logo a seguir, em jeito de desmentido, foi dito que a banda de Atlanta iria entrar num hiato indefinido. Felizmente, tudo não passou de uma série de rumores infundados e, menos de um ano depois, a banda de Atlanta edita o terceiro longa-duração. O formato físico de Microcastle chega às lojas apenas em finais deste mês. No entanto, graças à edição digital do disco em inícios de Agosto, foi já possível a este que vos escreve ouvi-lo vezes sem conta.
Embora não concorde, até compreendo aqueles que acusaram os Deerhunter de recorrer ao abstraccionismo como disfarce de alguma incapacidade para escrever canções dignas desse nome. Já não posso compreender gente que os rejeitou apenas por serem demasiado falados na imprensa especializada - o chamado hype (para mim um conceito tão ininteligível como o da mística benfiquista). Aos primeiros, asseguro que Microcastle é capaz de satisfazer o consumidor de "canções" mais exigente, estando por isso a anos-luz do anterior Cryptograms (2007). Se este argumento não bastar para vos convencer a ouvi-lo, acrescento que é apenas um sério candidato a disco do ano. Já ao grupo dos amantes da exclusividade, sugiro que se dediquem ao que de melhor se faz na cena rock do Uzbequistão...
Embora não concorde, até compreendo aqueles que acusaram os Deerhunter de recorrer ao abstraccionismo como disfarce de alguma incapacidade para escrever canções dignas desse nome. Já não posso compreender gente que os rejeitou apenas por serem demasiado falados na imprensa especializada - o chamado hype (para mim um conceito tão ininteligível como o da mística benfiquista). Aos primeiros, asseguro que Microcastle é capaz de satisfazer o consumidor de "canções" mais exigente, estando por isso a anos-luz do anterior Cryptograms (2007). Se este argumento não bastar para vos convencer a ouvi-lo, acrescento que é apenas um sério candidato a disco do ano. Já ao grupo dos amantes da exclusividade, sugiro que se dediquem ao que de melhor se faz na cena rock do Uzbequistão...
2 comentários:
Mais um texto que me está a fazer aguçar o apetite para mais um disquinho, ainda por cima depois de me ter encantado com Atlas Sound.
É abstracto? tanto melhor, que isto nem sempre se tem vontade de ouvir canções.
E já agora, acho que andas verdadeiramente desactualizado da cena rock alternativa, pois os gurus encontram-se (muito secretamente) virados para Myanmar, mas o mais importante é não dizer nada a ninguém porque senão toda a gente sabe e é uma treta pegada e deixa de ter piada :)
um abraço
... mas olha que a cena birmanesa já está muito batida. Eu sei o que "está a dar" mas não digo :)
Um abraço
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