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Embora não concorde, até compreendo aqueles que acusaram os Deerhunter de recorrer ao abstraccionismo como disfarce de alguma incapacidade para escrever canções dignas desse nome. Já não posso compreender gente que os rejeitou apenas por serem demasiado falados na imprensa especializada - o chamado hype (para mim um conceito tão ininteligível como o da mística benfiquista). Aos primeiros, asseguro que Microcastle é capaz de satisfazer o consumidor de "canções" mais exigente, estando por isso a anos-luz do anterior Cryptograms (2007). Se este argumento não bastar para vos convencer a ouvi-lo, acrescento que é apenas um sério candidato a disco do ano. Já ao grupo dos amantes da exclusividade, sugiro que se dediquem ao que de melhor se faz na cena rock do Uzbequistão...
2 comentários:
Mais um texto que me está a fazer aguçar o apetite para mais um disquinho, ainda por cima depois de me ter encantado com Atlas Sound.
É abstracto? tanto melhor, que isto nem sempre se tem vontade de ouvir canções.
E já agora, acho que andas verdadeiramente desactualizado da cena rock alternativa, pois os gurus encontram-se (muito secretamente) virados para Myanmar, mas o mais importante é não dizer nada a ninguém porque senão toda a gente sabe e é uma treta pegada e deixa de ter piada :)
um abraço
... mas olha que a cena birmanesa já está muito batida. Eu sei o que "está a dar" mas não digo :)
Um abraço
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