No Age + Lucky Dragons @ ZdB, 23/10/2008
Na passada quinta-feira, a sala da ZdB foi pequena demais para acolher os interessados em assistir ao concerto de uma das mais interessantes bandas do momento presente. Os propiciadores deste acontecimento raro por estas paragens. foram os californianos No Age que, depois de um início tímido, com que de reconhecimento, incendiaram a sala com seu rock desviante, herdeiro das velhas glórias do underground ianque, prenhe de distorção e energia juvenil. Igualmente enérgica foi a resposta do público, principalmente das faixas etárias mais baixas. Os escassos números de shoegazing sub-aquático, na linha de uns My Bloody Valentine do tempo do histórico Loveless, que noutro contexto seriam momentos de desafio, proporcionaram nesta ocasião alguns minutos de relaxamento no meio de tamanha agitação. O final, ao som "Everybody's Down", foi verdadeiramente apoteótico, com o guitarrista Randy Randall a voar sobre o público, e o vocalista/baterista Dean Allen Spunt na frente do palco, agarrado ao suporte do microfone em poses de rock star. Momentos para mais tarde recordar...
No final do concerto dos No Age, certamente que já poucos se lembrariam da banda da primeira parte, os também californianos Lucky Dragons, discípulos das electrónicas minimalistas em progressão e especialistas em sessões de tédio. Como já sabia ao que ia, durante as hostilidades (nunca o termo fez tanto sentido) optei por ficar sentado no chão, como que a guardar forças para o prato principal. Nestas circunstâncias, do palco avistei apenas as imagens pseudo-artísticas que iam sendo projectadas. Já depois do final da contenda, vislumbrei dois rapazolas, duas aves-raras na melhor tradição do bad hair-styling, que teriam, se assim o desejassem, lugar cativo na formação dos of Montreal.
No final do concerto dos No Age, certamente que já poucos se lembrariam da banda da primeira parte, os também californianos Lucky Dragons, discípulos das electrónicas minimalistas em progressão e especialistas em sessões de tédio. Como já sabia ao que ia, durante as hostilidades (nunca o termo fez tanto sentido) optei por ficar sentado no chão, como que a guardar forças para o prato principal. Nestas circunstâncias, do palco avistei apenas as imagens pseudo-artísticas que iam sendo projectadas. Já depois do final da contenda, vislumbrei dois rapazolas, duas aves-raras na melhor tradição do bad hair-styling, que teriam, se assim o desejassem, lugar cativo na formação dos of Montreal.
2 comentários:
Por acaso vi os No age há coisa de duas semanas em Londres. Foi engraçado mas muito mais desinteressante do que as versões de estúdio. E também não mostraram grande controlo da parte electrónica. Já agora, por curiosidade, a voz do baterista estava perdida e abafada lá no fundo ou ouvi-se como se ouve nas versões do cd? Bem, como os ouvi numa loja, não percebi se era uma questão de condições técnicas ou se seria mesmo o estilo deles em concerto.
Curiosamente, também estive num gig dos Of Montreal, há pouco tempo. Acho que as músicas deles são difíceis de transportar para palco e nota-se que eles ainda estão a trabalhar a coisa...
Abraço!
Felizmente, e como já vem sendo hábito, na ZdB, em matéria de som, as condições foram óptimas. Comparativamente aquilo que são em disco, em palco pareceu-me que as canções do No Age são mais directas, sem tantos artifícios. O que é compreensível...
Abraço!
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