"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

À flor da pele















Há três anos, Kristin Gundred era vocalista e baterista dos Grande Ole Party, um trio de San Diego que não durou ou produziu o suficiente para merecer merecer mais do que uma nota de rodapé nas "enciclopédias" pop. Se a importância da banda é diminuta (talvez a única particularidade seja a miúda que, além de baterista, também canta), o nome da moça também pouco vos dirá. Talvez o caso mude de figura se vos disser que essa é a mesma pessoa que agora é conhecida como Dee Dee Penny, mentora e frontwoman das excelsas Dum Dum Girls. No curto período de vida, o trio deixou editado apenas um álbum (Humanimals, de 2008), que deu azo a comparações com os Yeah Yeah Yeahs que iam muito para além da composição da banda.

Soube-se há pouco que, quando se extinguiram, pouco depois da estreia, os Grand Ole Party tinham pronto um segundo álbum. É esse disco que vê agora a luz do dia sob o titulo genérico Under Our Skin. E em boa hora, digo eu. Não que, no essencial, difira muito do rock musculado e dengoso, de inflexões bluesy, do antecessor, ao ponto de merecer uma reconsideração do estatuto dos progenitores. Porém, é justo reconhecer a Under Our Skin melhorias significativas, tanto ao nível da contenção expressiva, como (e sobretudo) na escrita de canções com cabeça, tronco e membros. Portanto, e acima de tudo, uma curiosidade que permite aferir do estádio de desenvolvimento intermédio daquela que se destaca dos seus pares, precisamente, pelo engenho na concepção de pequenas gemas sob a forma de canções pop. A mesma que, por exemplo, engendrou o novíssimo Only In Dreams, disponível para audição integral aqui.

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