"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Rei posto


















Das paragens invulgares da última publicação, voltamos hoje a destinos habituais nesta casa. Mais propriamente à Escócia, terra fértil de tesouros musicais na óptica deste escriba. Hoje não vos pretendo falar de nenhum dos suspeitos do costume, mas sim da "novidade" King Post Kitsch. Apesar do nome sugerir uma banda, este é o projecto solitário de Charlie Day, um rapaz de Glasgow cujas canções me chegaram aos ouvidos há algum tempo através de um EP de gravações caseiras de distribuição gratuita.

Pouco tempo decorrido desde a descoberta, já Charlie nos presenteia com o primeiro longa-duração. Embora concebido em ambiente de estúdio, The Party's Over não esconde a devoção do seu autor pela baixa-fidelidade. Seguindo as excelentes pistas lançadas pelo antecessor, é também um compêndio na arte de escrever pequenas canções que privilegiam o substrato em detrimento do artifício. Uma boa parte delas têm uma fragilidade, com ligeiro cunho pastoral, que remete para reminiscências kinksianas. Já nos temas em que deixa a electricidade libertar-se, Charlie traz à memória dos petardos rock inacabados dos Sebadoh dos primórdios. É o caso da amostra infra, cujo significado do título é uma incógnita.


"Don't You Touch My Fucking Honeytone" [Song, by Toad, 2011]

3 comentários:

strange quark disse...

muito bom o que ouvi. Sim senhor...

M.A. disse...

O álbum completo aqui:

http://soundcloud.com/peenko2/sets/king-post-kitsch-the-partys/

strange quark disse...

Obrigado pelo link. AInda não ouvi todo, mas estou a achar este disco uma pequena pérola.