"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 6 de junho de 2011

R.I.P.


MARTIN RUSHENT
[1948-2011]

Morreu no passado sábado, por causas ainda desconhecidas, Martin Rushent, produtor britânico para sempre lembrado pelo seu trabalho em Dare, o disco de 1981 que catapultou os Human League e que lhe valeu o estatuto de símbolo do synthpop. Antes, porém, já se tinha notabilizado pela sua ligação ao fenómeno punk, tendo produzido os três primeiros álbuns tanto dos Buzzcocks como dos The Stranglers, bandas com as quais estabeleceu uma grande cumplicidade. Nos meandros da new wave, foi ainda responsável pela produção de bandas como os escoceses Altered Images, as norte-americanas The Go-Go's, e os históricos XTC. 

Desde meados de oitentas desiludido com os ditames da indústria, Rushent começou a espaçar os seus trabalhos até à quase inactividade. Um dos últimos foi juntamente com os Does It Offend You, Yeah?, banda da qual faz parte o filho James. Consta que, à data da sua morte, estava empenhado na gravação da edição especial comemorativa de Dare, agora registada com "instrumentos reais". Em jeito de recordação, fica a atípica estreia a solo do líder dos Buzzcocks, primeiro assomo da tendência de Rushent para as produções caras.

Pete Shelley _ "Homosapien" [Genetic, 1981]

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