"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

domingo, 12 de junho de 2011

Endless (not) nameless

















Foto: Steve Gullick

Já por mais do que uma vez aqui exprimi a minha opinião sobre o actual estado da música pop/rock de produção britânica, na qual vislumbro francos sinais de recuperação comparativamente à concorrência ianque. Boa parte desta minha visão optimista fica a dever-se aos Male Bonding, autores de um dos mais estimulantes discos do ano passado. Em menos de meia hora, Nothing Hurts consegue reunir um bom lote de estilhaços post-hardcore combinados com o sentir do rock dito "alternativo" de noventas. A impressão, já de si extremamente favorável, saiu reforçada com um óptimo concerto proporcionado há coisa de meio ano.

Aproveitando a embalagem, e à maneira de outras eras, os Male Bonding têm já novo álbum na calha, com edição prevista lá para Agosto. É pois grande a expectativa relativamente a Endless Now, tanto mais que o mesmo contou com a produção do "mago" John Agnello, responsável, por idênticas funções, entre muitos outros, em trabalhos de gente como Sonic Youth, Dinosaur Jr., The Ponys ou The Hold Steady. Em antecipação, já foi divulgada a fabulosa amostra infra (obter legal e gratuitamente aqui). A grande surpresa deste acepipe é a duração que ultrapassa os seis minutos, contrastando radicalmente com os curtos petardos do antecessor. Musicalmente, digamos que o ritmo desenfreado e sem concessões, estabelece uma hipotética ponte entre The Wedding Present e os Nirvana do começo.


"Bones" [Sub Pop, 2011]