"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O canto do cisne (renascido)















"THIS IS NOT A REUNION. It’s not some dumb-ass nostalgia act. It is not repeating the past. After 5 Angels Of Light albums, I needed a way to move FORWARD, in a new direction, and it just so happens that revivifying the idea of Swans is allowing me to do that."

É nestes termos que Michael Gira se refere à reactivação dos Swans, volvidos que estão treze anos desde a dissolução. Não da formação original. Tão pouco da formação clássica que integrava a glaciar Jarboe, de meados de oitentas em diante. Os novos "cisnes" são Gira, o guitarrista original Norman Westberg, e uma série de elementos que passaram pelas várias encarnações do díptico Swans/Angels of Light. My Father Will Guide Me Up A Rope To The Sky, o álbum que vê a luz do dia na próxima segunda-feira está aí para alertar que as palavras acima transcritas são para serem levadas a sério. Como é bom de ver, o novo disco não segue a toada melódica gothic-americana que assinalou a parte mais visível da carreira dos Swans, sublimada nos posteriores Angels of Light. Também não é o regresso à brutalidade noisy dos primórdios que, segundo reza a lenda, quando transposta para palco, causava a repulsa e o vómito nos presentes. Mas são os Swans com uma visceralidade e um inconformismo como já não lhes víamos desde o longínquo Children Of God (1987), algo que detectamos logo no troar industrial, com carrilhão incluído, do inaugural (e longo) "No Words/No Thoughts". Podemos também contar com o Devendra Banhart saudavelmente demente de que já tínhamos saudades na interpretação do sugestivo "You Fucking People Make Me Sick", o mesmo tema que (pasme-se) conta com a participação do rebento Gira de apenas três anos. 
E como é que eu sei tudo isto? Li por aí e ouvi aqui.

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