"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

CÂMARA POUCO CLARA

Aproveitando a aproximação da data do 30.º aniversário de Never Mind The Bollocks, Here's The Sex Pistols, a edição de ontem do programa Câmara Clara da RTP2 teve por tema "Os Rebeldes". Perante o baixo nível da programação televisiva actual (mesmo na Dois) a ideia parece atractiva. Mas, como só as boas ideias não bastam, a execução roçou o desatre.
Tendo como convidados o Senhor Comendador Zé Pedro e o insuportável Pedro Ayres Magalhães, Paula Moura Pinheiro dirigiu um programa onde se ouviram as mesmas histórias ocas de sempre e onde a sucessão de gaffes demonstra, uma vez mais, a ligeireza com que a música pop é tratada pelas gentes da dita "alta cultura":
- logo na introdução do programa, para ilustrar o "passado punk" dos convidados, foi apresentado um excerto de "Contentores", um tema de... 1987;
- numa das pequenas peças apresentadas, fez-se referência às New York Dolls, uma banda andrógina de NY;
- mais à frente, Johnny Thunders passou a ser vocalista e guitarrista das mesmas Dolls;
- ao fazer referência à edição de Comicopera, o novo àlbum de Robert Wyatt, a apresentadora lembrou, sem qualquer hesitação, que o músico se encontra numa cadeira de rodas "devido a um acidente de viação sofrido nos anos 70" (Wyatt ficou paraplégico na sequência de uma queda, em estado de embriaguez, da janela de um 3.º andar).
Não vi o programa até ao seu término, mas não me admirava nada se Sid Vicious passasse a ser vocalista dos Pistols, como já vi num jogo de Trivial Pursuit....

5 comentários:

O Puto disse...

Una verguenza!

Anónimo disse...

Mas o que é que tu esperavas de um programa que tem como convidado alguém que não consegue sequer articular correctamente frases simples em português?

strange quark disse...

O único consolo que tiro disto é sentir-me feliz por (quase) nunca ver televisão e assim evito perder o meu tempo. Parco consolo, e algo egoista, pois a dita para o bem e para o mal, é o veículo cultural por excelência neste país (e noutros também).

E finalmente, com duas palavras apenas se caracteriza muita desta miséria cultural que assola a intelectualidade jornalística portuguesa (aliás, o mal é mesmo social): FALTA de PROFISSIONALISMO!

Anónimo disse...

Depois de te ter dado a dica para tamanha sessão de rebeldia,segui atentamente a coisa! Há muito ñ ria tanto!! Ri do desejo inexplicável q tive de esmurrar a t.v.,como se isso fosse realmente o mesmo q esmurrar cada um dos intervenientes.Qdo era puto e tinha t.p.c.,sempre preferi ñ fazê-lo a ñ tentar sequer fazê-lo bem! Puta q pariu o serviço público!!!

bartleby disse...

Não vi o programa mas este post chegou-me! É dar-lhes na tabuleta! É dár-lhes na tabuleta!