PSYCHIC ILLS + CAVEIRA, 27/09/2007 @ ZdBNão se pode dizer que o concerto dos Psychic Ills tenha correspondido às expectativas da turba que, na passada quinta-feira, lotava o exíguo espaço da sala do Bairro Alto.
Talvez pelo facto de se apresentarem reduzidos a um trio, os autores de Dins optaram por expandir a sua música para áreas substancialmente diferentes daquelas que lhes conhecíamos. Por conseguinte, os intrumentos convencionais (guitarra-baixo-bateria) estiveram quase ausentes ao longo de toda a prestação, surgindo no seu lugar uma massa sonora à base de drones electrónicos. Neste particular, foi notório o desconforto da baixista Elizabeth Hart, que surgiu munida de uma cábula para a manipulação do sequenciador.
Não sendo o concerto desejado por quem ia para ver os My Bloody Valentine et al., a experiência acabou por se revelar satisfatória para todos aqueles que se deixaram envolver pelas ambiências hipnóticas em crescendo que emanavam do palco.
Antes dos nova-iorquinos, passaram pelo palco os CAVEIRA. Não obstante ser o primeiro concerto da banda a que assisto no formato duo, após a saída de Rita Vozone, pareceu-me que o noise que praticam está agora mais coeso e definido que em ocasiões anteriores. Mas também asseguro que nunca vi dois concertos dos CAVEIRA iguais, ou sequer parecidos... Devido ao desconhecimento de uma boa parte do público e ao volume ensurdecedor saído do palco (cortesia de um microfone colocado junto a uma coluna), foram muitas as desistências ao longo do concerto, o que não prejudicou em nada (mais) uma boa prestação dos CAVEIRA.
(Agradecimentos ao Rui Luís pela cedência da imagem que ilustra este post).
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