"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

INDEPENDANÇAS

Boas notícias para todos aqueles que, como eu, consideram os quatro primeiros álbuns dos GNR o mais valioso acervo pop made in Portugal: Independança , o primeiro desses álbuns e único da banda em que Rui Reininho co-habita com Vítor Rua, conhece a sua primeira edição em CD no próximo dia 19 de Novembro.
Obra fundamental do período pós-punk portuga, Independança traça aquilo que viria a ser a imagem de marca dos GNR nos próximos registos: vanguarda e sofisticação conjugadas com um inusitado apelo pop.
Para além dos sete temas da edição original de 1982, entre eles o mítico "Avarias", esta reedição com som remasterizado oferece ainda, como faixas bónus, os dois primeiros singles da banda (Portugal na CEE e Sê um GNR) e respectivos lados B, ainda com Alexandre Soares nas vozes, e o EP Twistarte de 1984.
De seguida, para o quadro ficar completo, espera-se que Defeitos Especiais tenha em breve o mesmo tratamento...

2 comentários:

Joe disse...

Tal como tu, também acho que os GNR dos primeiros tempos foram a melhor banda pop portuguesa ever. Só tenho dúvidas em incluir o Psicopátria no período de excelência. Tem algumas canções excepcionais (Bellevue, Pós-modernos, Choque frontal...) e outras (nomeadamente o mega-hit Efectivamente) que começam a descambar para a azeiteirice subsequente.
O meu preferido é o Defeitos Especiais. Não o tenho, mas há uns tempos pedi a um amigo que me emprestasse o vinil dele e passei-o para CD (se quiseres uma cópia é só dizer...). Fiz o mesmo com este e com os singles e EP que vão acompanhar a nova edição.
Hardcore, Agente único, O slow que veio do frio, Twistarte, General eléctrico, Mau pastor, Muçulmânia, I don't feel funky anymore, Pershingópolis... Que outra banda portuguesa lhes chega perto?
Abraço!

M.A. disse...

Muito obrigado pela oferta Joe, mas também tenho uma cópia pirateada do mesmo. Além disso, tenho esperança que em breve a VC também o reedite.
Quanto ao "Psicopátria", penso que é, tal como os outros, um grande disco, apenas mais acessível que os anteriores. Isso, a juntar à conjuntura da altura da sua edição (a MMP estava de novo na moda), fez com que sofresse de uma certa sobrexposição. Curiosamente, temas como "Bellevue" e "Ao soldado desconfiado" são dos poucos (juntamente com o "To the end" dos Blur e o "So young" dos Suede) que me causam aquele arrepio próprio da saudade de tempos que já lá vão.

Abraço