"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

terça-feira, 20 de março de 2012

Pop-punk de malte


















Não sei de ainda se lembram dos Terry Malts, uma das "apostas" aqui do tasco há quase um ano e na qual, à data, se depositavam grandes esperanças no que à música puramente lúdica diz respeito. Na altura traziam o selo de qualidade da incontornável Slumberland Records com um par de pequenos formatos numa linha pop-punk foliona em tudo devedora dos Ramones. Com temas curtos e directos, questionava-se o que estes intrépidos californianos poderiam render em formato longo.

A resposta chegou recentemente, por via do álbum Killing Time que, num primeiro contacto, deixa claro que os Terry Malts se mantêm fiéis aos temas de curta duração: são 14 em escassos 33 minutos. A costela Ramones continua bem presente (cf. "Waiting Room"), mas a veia catchy de homólogos britânicos como Buzzcocks e The Undertones parece também ganhar terreno. A título de exemplo, oiçam-se "Where Is The Weekend?", "I Do", ou "I'm No Good For You", todos eles irremediavelmente pop de não mais que três acordes. Convém ainda referir que o trio vai também à origem das suas fontes, citando a cada esquina os Beach Boys, inclusive surripiados na parte final do regravado "I'm Neurotic". Por esta altura já deverão ter percebido que não há nos Terry Malts qualquer intenção de profundidade intelectual. Em Killing Time, e como se presume que aconteça em palco, o mote é a diversão, com letras inteligentemente traquinas, muita cerveja, e energia juvenil a rodos.

"I Do" [Slumberland, 2012]

Sem comentários: