Foto: Rob Bennett / N.Y. Times
Nos rostos já estão bem marcados os sinais do envelhecimento. Aliás, alguns desses rostos nem são os mesmos de outras eras que o grosso da memória colectiva quis apagar. Mas essas minudências não desencorajaram os mentores Glenn Mercer e Bill Million a reagrupar aquela que era a última formação dos The Feelies há pouco mais de dois anos. De então para cá têm aparecido esporadicamente por esses palcos para deleite de uns quantos privilegiados. Agora, assim de mansinho, e para gáudio de mais uns tantos, anunciam novo álbum, o quinto no global e o primeiro em vinte anos. Chama-se Here Before e é lançado durante a primeira metade do próximo mês de Abril. Relatos avulsos dizem-nos que aquilo que não mudou foi a sonoridade típica da banda de Nova Jérsia, recheada de guitarras tensas e chocalhadas. E isso, neste caso, é elogio para os adoradores deste bando de geeks devotos dos Velvet, dos Modern Lovers e dos Television, com culpas provadas na fundação de um certo indie-pop norte-americano e forte impacto "novatos" com o peso de uns R.E.M. ou Yo La Tengo. Ora oiçam:
"Should Be Gone" [Bar/None, 2011]
2 comentários:
Mais um grupo, das américas claro, que foi olimpicamente ignorado no auge da carreira aqui neste canto. Na altura, o pessoal só tinha ouvidos para o synth pop e o mais alternativo que arriscavam eram os The Smith, mas basicamente tudo vinha das ilhas britânicas. Com a amostra, não admira que não guarde muita memória da música dessa altura. Quanto à boa música, a esmagadora maioria vim a descobri-la uns bons 15 anos mais tarde.
Um abraço
Também fui vítima, até certo ponto, do ostracismo a que era por cá votada a música das américas (os R.E.M. eram uma das poucas excepções, talvez). Até certo ponto, porque a partir de determinada altura a curiosidade insaciável levou-me a escavar a fundo na coisa e a descobrir bandas incríveis, não só dos states, mas também deste lado do Atlântico.
Abraço.
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