"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

domingo, 5 de abril de 2009

I hate myself and I want to die
















15 anos, hoje...

4 comentários:

strange quark disse...

Mais uma personagem atormentada no mundo da música. Confesso que não me causam qualquer sentimento especial e tendo a ignorá-los porque por vezes se verifica um excessivo endeusamento das suas personagens que me parece deveras injustificado. Isto inclui o Jim Morrison dos Doors (em 71), o Ian Curtis (em 80) e o Kurt (em 94). Já em tempos vaticinei que ao aproximarmo-nos do final da primeira década do século XXI está a faltar mais um mártir... aceitam-se candidatos!

Quanto ao que mais interessa, o contributo para a música, não sendo grande apreciador dos Nirvana, julgo justificarem plenamente o seu lugar na história. Em tempos muito recuados (para aí há mais de 10 anos) adquiri o único CD da banda, o que foi gravado na MTV, por sinal um belíssimo disco.

Um abraço

M.A. disse...

Por acaso, até acho que o Jim Morrison deve ser o tipo mais sobrevalorizado da história da música popular. Aliás, tenho pelos Doors um quase ódio de estimação.

Quanto os Joy Division, tenho de concordar que beneficiaram, e de que maneira, do chamado "suicide chic", o que não minimiza a minha paixão pela música.

Já os Nirvana, goste-se ou não, foram, para o bem e para o mal, responsáveis pela última revolução rock (acredito que seja mesmo a última). Como adepto incondicional desde a 1.ª vez que ouvi o "Teen spirit" (tinha 18 anos e estava longe de imaginar o fenómeno), temi que, depois da morte do Cobain, se desse a "jim-morrisação" do homem, com filmes da trampa e assim. Felizmente, após o impacto inicial, a coisa até parece estar bastante contida. Isto tendo em conta que, dos três, foi aquele que teve maior exposição mediática em vida.

Abraço!

strange quark disse...

Concordo quando dizes que os Nirvana poderão representar (eu diria antes que terão sido "um dos protagonistas") a última revolução rock que ocorreu. Mas daí a dizer que não ocorre mais nenhuma... há quem defenda que os Strokes e Franz Ferdinand andam a fazer o mesmo, mas acho que quem o afirma está claramente a exagerar. Por outro lado andam há 30 anos a dizer que o rock morreu mas a realidade tem vindo a demonstrar que não é assim.

Por acaso até sou um grande apreciador de Doors. Mas isto é como no futebol, cada um tem o seu clube e pronto! e a sociologia ou o raio que o parta que venha explicar isto! :))

Voltando um pouco à questão dos ídolos na música popular. Analisando a coisa a frio, acho que chego à conclusão que se houvessem mais gajos que tivessem dado um tiro nos cornos na altura certa, a música pop/rock estava cheia de génios e gajos fenomenais que, desgraçadamente, não tinham tido tempo para demonstrar todo o seu potencial. Imagina o Black Francis suicidar-se depois de Doolittle... e exemplos não faltariam. O que me causa espanto é andar-se a dizer quão fenomenal é a poesia do Morrison (for God's sake!), ou que o Ian Curtis é a 3ª melhor voz de sempre (acho que é um insulto a quem canta bem, coisa que o gajo tinha dificuldade em fazer. Mas que o timbre era bonito, lá isso era) ou que o Cobain está entre os maiores guitarristas de sempre de rock (!!!??? o pessoal que diz isto droga-se, de certeza).

Causa-me dificuldade perceber esta necessidade de louvar estas pessoas desta maneira. O Bob Dylan é um grande compositor mas canta mal como à merda! (desculpa o vernáculo) Mas isso não diminui, nem um bocadinho, o seu estatuto no mundo da música popular.

Já em tempos disse, relativamente à música clássica, que o mundo está cheio de grandes executantes musicais mas poucos compositores brilhantes, e que sem os segundos, os primeiros não têm nada para tocar!

Um abraço

M.A. disse...

Ainda sobre o teu 1.º comentário, gostava de frisar que o século XXI já teve o seu 1.º mártir, embora não tão mediático como os outros. O seu nome: Elliott Smith. Aqui há uns anos, costumava dizer que o próximo poderia muito bem ser o Casablancas dos Strokes, ou o Ryan Adams. Não me perguntes porquê...
Quanto à década passada, parece-me que, mais do que o Cobain, já uma estrela em vida, aquele que mais "beneficiou" em termos de endeusamento com a morte, foi o Jeff Buckley. Ou a mãe dele... :)

As revoluções dos Strokes e dos FF aconteceram, de facto. Mas se formos ver bem, são coisas muito localizadas, e não fenómenos globais. Já os Beatles, os Pistols, ou os Nirvana, para referir apenas aqueles que me são mais caros, não deixaram pedra sobre pedra à sua passagem.

Um abraço.