Durante décadas de aparições esporádicas, pensou-se que Brian Wilson, um pouco à semelhança de Syd Barrett, era um génio irremediavelmente perdido. Em ambos os casos, o uso de substâncias ilícitas conduziu a um estado de saúde mental debilitado e este, por sua vez, levou à clausura auto-imposta numa fase de pico criativo.
Surpreendentemente, por alturas da viragem do século, começaram a ser frequentes as aparições do mais famoso dos Beach Boys em inspiradas prestações ao vivo. Esta reabilitação culminaria na conclusão de SMiLE (2004), a prometida teenage symphony to God que via finalmente a luz do dia, quase 40 anos após a data inicialmente prevista.
Confirmando a recuperação plena, o novo That Lucky Old Sun (Capitol) apresenta um conjunto de novas composições que certamente irão causar inveja em músicos com um terço da idade (66) de Brian. Num disco em que abundam a melodias solarengas, não faltam as canções mais introspectivas, com várias referências ao "período das trevas" (oiçam-se as sublimes "Midnight's Another Day" e "Do It Again"). Dispensáveis eram os trechos narrativos, cortesia do sempre fiel camarada de armas Van Dyke Parks.
Curiosamente, este disco surge escassos três meses depois da reedição histórica de Pacific Ocean Blue (1977), a obra-prima (e única) do irmão Dennis (desaparecido em 1983). Motivos de sobra para rotularmos 2008 como Ano Wilson.
Na companhia de Brian Wilson, proponho-vos um curto passeio a bordo do táxi negro:
Surpreendentemente, por alturas da viragem do século, começaram a ser frequentes as aparições do mais famoso dos Beach Boys em inspiradas prestações ao vivo. Esta reabilitação culminaria na conclusão de SMiLE (2004), a prometida teenage symphony to God que via finalmente a luz do dia, quase 40 anos após a data inicialmente prevista.
Confirmando a recuperação plena, o novo That Lucky Old Sun (Capitol) apresenta um conjunto de novas composições que certamente irão causar inveja em músicos com um terço da idade (66) de Brian. Num disco em que abundam a melodias solarengas, não faltam as canções mais introspectivas, com várias referências ao "período das trevas" (oiçam-se as sublimes "Midnight's Another Day" e "Do It Again"). Dispensáveis eram os trechos narrativos, cortesia do sempre fiel camarada de armas Van Dyke Parks.
Curiosamente, este disco surge escassos três meses depois da reedição histórica de Pacific Ocean Blue (1977), a obra-prima (e única) do irmão Dennis (desaparecido em 1983). Motivos de sobra para rotularmos 2008 como Ano Wilson.
Na companhia de Brian Wilson, proponho-vos um curto passeio a bordo do táxi negro:
"That Lucky Old Sun" @ The Black Cab Sessions
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