SPARKLEHORSE
Good Morning Spider
[Parlophone/Capitol, 1998]
As atmosferas criadas neste segundo álbum dos Sparklehorse estão intimamente ligadas à experiência vivida pelo seu mentor antes da sua gravação: em 1996, durante uma tournée de suporte aos Radiohead, Mark Linkous foi vítima de uma overdose de substâncias tóxicas, um cocktail de anti-depressivos, álcool e heroína. Este episódio, quase fatal, provocou um período de inconsciência de várias horas, durante o qual, os membros inferiores suportaram o peso do corpo. As lesões provocadas implicariam uma lenta recuperação preso a uma cadeira de rodas.
Criação de um homem renascido para a vida, Good Morning Spider (GMS) situa-se naquela área nebulosa entre o sono e o despertar, o sonho e a realidade, a vida e a morte. Musicalmente, GMS reflecte também um caleidoscópio de diferentes orientações estéticas. Combinando alta e baixa fidelidade, instrumentos orgânicos e interferências electrónicas, Linkous constrói um conjunto de canções que percorrem a fúria ruidosa, a melancolia profunda, a doçura de autênticas canções de embalar, e a pop escorreita com laivos de americana. O resultado tem tanto de belo como de comovente, não deixando de ser corpo estranho no catálogo de uma multinacional.
Para ilustrar a obrar maior dos Sparklehorse, revelação de um compositor de excepção por estes dias algo menosprezado, deixo-vos um dos temas de eleição para encerramento das minhas raras incursões pela área do deejaying:
Criação de um homem renascido para a vida, Good Morning Spider (GMS) situa-se naquela área nebulosa entre o sono e o despertar, o sonho e a realidade, a vida e a morte. Musicalmente, GMS reflecte também um caleidoscópio de diferentes orientações estéticas. Combinando alta e baixa fidelidade, instrumentos orgânicos e interferências electrónicas, Linkous constrói um conjunto de canções que percorrem a fúria ruidosa, a melancolia profunda, a doçura de autênticas canções de embalar, e a pop escorreita com laivos de americana. O resultado tem tanto de belo como de comovente, não deixando de ser corpo estranho no catálogo de uma multinacional.
Para ilustrar a obrar maior dos Sparklehorse, revelação de um compositor de excepção por estes dias algo menosprezado, deixo-vos um dos temas de eleição para encerramento das minhas raras incursões pela área do deejaying:
"Sick Of Goodbyes"
2 comentários:
Muito bom, como os dois seguintes.
Abraço
Parece que lês o pensamento às pessoas! Ainda na semana passada tinha tirado este disco da prateleira e estive a ouvi-lo continuamente durante 3 ou 4 dias.
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