RIDE
Leave Them All Behind
(Creation, 1992)
Wheels turning around
Into alien grounds
Pass through different times
Leave them all behind
Just to see
We've got so far to go
Until we get there
Just let it flow
Colours shining clear
Fading into night
Our grasp is broken
There's nothing we can do
I don't care about the colours
I don't care about the light
I don't care about the truth
Após um álbum de estreia brilhante, e uns quantos EPs de igual calibre, era grande a expectativa para Going Blank Again, o segundo longa-duração dos RIDE, quatro rapazes de Oxford que, apesar da tenra idade, tinham já dado provas de uma grande maturidade.
Logo nos instantes iniciais de "Leave Them All Behind", que surge neste formato reduzido a pouco mais de metade da duração da versão incluída no álbum, notamos os primeiros sinais de mudança, com a entrada ostensiva dos teclados. Após este intro, sobre a muralha de guitarras distorcidas, a harmonia das vozes de Mark Gardener e Andy Bell (hoje baixista dos Oasis) produzem um verdadeiro efeito hipnótico. Este tema retrata toda a essência dos Ride no seu período áureo: ruído, melodia e juventude.
Não são igualmente de desprezar os dois temas escolhidos para lado B: "Chrome Waves" é uma das mais belas canções de Going Blank... e surge aqui na sua versão primitiva, enquanto "Grasshopper" é um instrumental de dez minutos de puro psicadelismo.
A reacção popular a este single não se fez esperar, tornando-o o primeiro top ten da história da Creation. Isto, numa altura em que os Oasis ainda não tinham entrado em cena...
6 comentários:
Mais uma obra de arte.
que single do caraças...
Sem sombra de dúvida! E é um dos temas mais marcantes na minha "formação" musical.
Tinha-me esquecido de postar um pedaço da letra (neste caso todo, porque só assim faz sentido), como é costume. Já remediei a situação...
Abraço
Obra-prima.
Do melhor que os rapazes criaram.
Abraço
Foi com "Going Blank Again" que conheci os Ride. "Leave Them All Behind" conquistou-me logo. Passei-o na minha última sessão que assististe. Excelente lembrança! Há uns anos, estava eu e o meu irmão mais novo na discoteca The Day After, em Viseu, quando o DJ resolveu passar este tema. Aos primeiros sons, saltámos para a pista e dançámos sozinhos e de forma meio frenética os mais de sete minutos do tema. Foi brutal!
Ainda me lembro de o Mark Gardener ser capa do Blitz, algo impensável nos tempos que correm (em que a "dita" tenta ser uma Uncut terceiro-mundista).
A cidade de Viseu começa a subir na minha consideração...
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