"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quinta-feira, 10 de maio de 2007

EM ESCUTA #14

THE PONYS
Turn The Lights Out (Matador, 2007)

Nas entrelhinhas dos dois excelentes álbuns anteriores já se podia ler com alguma clareza que os The Ponys estavam talhados para vôos mais altos. Quem o percebeu foram os executivos da excelsa Matador Records, que trataram de resgatar a banda de Chicago à emblemática mas pequena In The Red.
Logo nos dois temas iniciais dá para perceber que Turn The Lights Out é disco de uma força renovada. Aqui o mérito vai em parte para o trabalho da produção de John Agnello (Dinosaur Jr., The Hold Steady), com a aplicação de ecos nas vozes e nas percussões que conferem aos temas uma pujança inusitada, enquanto os órgãos cheios de fuzz libertam uma aura psicadélica que percorre todo o disco. Os ensinamentos da cartilha pára-arranca dos Girls Against Boys, embora presentes, aparecem agora mais diluídos.
A herança de algum shoegazing, já latente nos registos anteriores, mostram-se agora bem evidentes na fase intermédia do disco. Com efeito, recordam-se os Ride no período da mutação de Going Blank Again para Carnival Of Light no trio "1209 Seminary"/"Shine"/"Kingdom Of Hearts". Por sua vez, "Poser Psychotic", tanto no nome como na sonoridade, passava bem por uma trip de estrada poeirenta dos Swervedriver.
E para fechar com chave de ouro, o longo "Pickpocket Song" é The Ponys puro durante perto de três minutos, para depois entrar num devaneio que os Super Furry Animals não desdenhariam.
Forte e coeso como poucos hoje em dia, Turn The Lights Out é um disco para ouvir com o volume no máximo (e com as luzes apagadas...).

3 comentários:

Shumway disse...

Muito bons, já tinha adorado o "Celebration Castle".
Agora o som parece mais maduro.

joao disse...

sim sim, optimas musicas

joao disse...

eu nao conhecia antes deste e gosto imenso. vou ja investigar