"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

domingo, 18 de março de 2007

UM REGRESSO INESPERADO

Quando fazemos referência ao post-punk norte-americano, por norma, vêm-nos à memória os movimentos No Wave e Mutant Disco, ambos com sede em Nova Iorque e com poucos pontos de intersecção com igual período da música britânica.
No entanto, e operando a partir de Los Angeles, houve pelo menos uma banda naquele país, de sua graça Savage Republic, contaminada pelo mesmo espírito de experimentalismo que as influências do kraut rock infligiam à música dos PiL (com quem chegaram a partilhar concertos).
Alternado canções mais convencionais com peças instrumentais, com uma percussão tribal sempre presente, e apresentando formações variáveis, os Savage Republic tinham no guitarrista Bruce Licher o elemento de coesão. Além disso, Licher era igualmente responsável pelo art work dos discos.
Quando cessaram funções em 1990 eram já um nome de grande culto no underground, sem no entanto fazerem grandes cedências, quer ao nível da música, quer ao nível da intervenção política. Ecos da sua música podem ser escutados em discos dos Slint, Tortoise, GY!BE, e mais recentemente nos Wilderness.
Vem tudo isto a propósito de uma boa notícia de que tive conhecimento de forma acidental através da web: os Savage Republic regressaram ao activo em 2005 e estão presentemente em digressão pela Europa (Portugal não incluído). Além disso, e coisa rara nestes regressos, têm uma nova edição discográfica: o EP Siam, editado pela Neurot Records, casa dos Neurosis.
Savage Republic no MySpace

2 comentários:

Shumway disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Shumway disse...

O "Ceremonial" foi um disco que me surpreendeu. (tb não conheço muito mais).
Ora aí está um bom post para um disco perdido. :-)