"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

domingo, 14 de novembro de 2010

R.I.P.


HENRYK GÓRECKI
[1933-2010]

Nascido na região mineira da Silésia, e primeiramente um discípulo da dissonância de Karlheinz Stockhausen, Henryk Górecki foi o mais visível representante de uma certa vanguarda polaca e um dos mais reconhecidos compositores eruditos do século passado. Numa fase madura, a sua obra embarcou por um mais convencional minimalismo sacro, com referências recorrentes à trágica história da Polónia do século XX. Desse período destaca-se a Sinfonia n.º 3, datada de 1976 e também conhecida por Sinfonia das Canções Tristes (Symfonia Piesni Zalosnych, em polaco). Inspirada numa oração escrita por uma adolescente na parede de uma cela de prisão da Gestapo, esta terceira sinfonia parte da temática da maternidade para uma profunda reflexão sobre os horrores do Holocausto, algo que Górecki testemunhou ainda em idade infantil. Acabaria por constituir um inesperado caso de sucesso comercial, facto que, mesmo em tempo de destaque reservado às futilidades, faz estranhar a falta de eco na comunicação generalista sobre a morte de Górecki, vitimado na passada sexta-feira por uma infecção pulmonar. À data, o compositor tinha concluída uma quarta sinfonia cuja estreia (em Londres) tinha já sido adiada devido ao seu debilitado estado de saúde.

Sinfonia n.º 3 - 2.º Movimento - Lento e Largo
Sinfonietta de Cracóvia dirigida por John Axelrod
Soprano: Isabel Bayrakdarain

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