"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Comemorações da República

















Oriundos de Los Angeles e praticamente esquecidos, os Savage Republic (SR) são caso de estudo no cenário post-punk norte-americano, pese embora sempre tenham tido maior reconhecimento em território europeu. Numa fase inicial, em princípios de oitentas, eram praticantes de uma sonoridade incendiária, marcada pelas percussões industriais, alguma tribalidade, e cânticos xamânicos altamente politizados. Relativamente a esse período, parecem-me algo infundadas as recorrentes comparações aos Public Image Ltd. dos primórdios. Já por alturas de Ceremonial (1985), os SR optam quase em exclusivo pela via instrumental, dando uma maior prevalência às guitarras, e mantendo os elementos étnicos, sobretudo provenientes do mundo árabe. A dissolução ocorreu em 1989, deixando um legado de quatro álbuns e um par de EPs que viria a exercer significativa influência não só nas bandas "industriais", como na facção instrumental do post-rock da década de 1990. Após um interregno de 15 anos, o líder incontestável Alan Licher reactivou os SR com elementos recrutados das várias formações da sua primeira existência. Até ao momento, a reunião já rendeu o álbum 1938 (2007), com sucessor previsto para breve. Antes disso, com selo da britânica LTM Recordings, editora especializada em reedições e compilações da bandas perdidas nas areias do tempo, está já disponível Procession: An Aural History, óptima introdução à obra dos SR. Compilação em formato duplo, inclui no primeiro disco um resumo de carreira que percorre todos os registos gravados, e no segundo, oito faixas captadas ao vivo durante uma recente passagem por Espanha. Espero que a amostra em anexo seja motivo para investimento financeiro da vossa parte:


"Next To Nothing" [Independent Project, 1982]

1 comentário:

Shumway disse...

Engraçado falares deles, pois ainda na semana passada peguei na minha velha cópia em vinil do "Tragic Figures".
E ainda continua extraordinário.


Abraço