Foto: Hisham Bharoocha
Panda Bear @ Lux Frágil, 13/02/2010
Atiram-se os Beach Boys para dentro de um programa informático, dá-se um ar mal acabado de forma a que coisa tenha um ar retro, adicionam-se umas batidas sincopadas, et voilá! No papel e em estúdio, a ideia tem a sua graça, mas sem ser o golpe de génio que meio mundo tem levado o outro meio a crer. Já em palco, ficamos com a sensação que o rapaz nascido Noah Lennox escolheu a cave do Lux para ensaiar uns truques à frente dos amigos. Se assim tivesse sido, ele ou alguém por ele, escolheu local com tão péssimas condições de acústica de forma a que a experiência não passasse de uma macabra brincadeira de Carnaval. A ementa, nada gourmet, compõem-se do ainda inédito Tomboy, disco que parece acentuar duas tendências: maior protagonismo dado à guitarra e, em contraponto, recurso às batidas pensadas para pista com bola de espelhos. Na primeira tarefa, a banda mais obscura da editora Woodsist leva a melhor sobre o rapaz de Baltimore que Lisboa adoptou já crescido. Quanto às batidas, parecem vindas de um qualquer antro nocturno da 24 de Julho circa 1997.
Sobre a maioria o público que quase lotou o bunker duarnte duas noites consecutivas, questiono-me se estará ali porque aquele é o lugar para se estar, ou por puro deleite auditivo. Estou mais inclinado para a primeira hipótese...
5 comentários:
Eu disse-te que depois do concerto no B'Leza nunca mais ouvi o disco?
Se não disse deveria ter dito. Ao vivo, o moço deixou-me muito pouco impressionada...
Não estava lá, mas concordo contigo (I think...)
Apesar de gostar muito do Panda Bear em disco e de ter adorado os dois concertos que já vi dele há uns bons anitos (na altura nem sabia quem era o senhor, mas a sua sonoridade agradou-me deveras) desta vez decidi não ir pela simples razão de não ter apreciado nada de nada os últimos concertos que vi no Lux. Talvez tenham sido coincidências, mas já nem me lembro do último concerto no Lux que tenha apreciado. Som mau, visibilidade pouca, conforto nenhum quando sala está a abarrotar. Nop... ao Lux só volto se lá puserem algo realmente imperdível a tocar e mesmo aí pensarei duas vezes.
Pois, eu também estive lá na primeira noite, e achei aquilo muito desapontante. Uma ou outra ideia com potencial, mas no global uma experiência aborrecida, complementada por um abuso do eco que desvirtuava tudo.
E depois não tocou nada do Person Pitch. Será caso para dizer, o pior concerto de 2010?
Oxalá que sim, João. :)
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