"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Saúde para dar e vender















Da estreia homónima dos HEALTH, editada há coisa de dois anos, retenho muito pouco: noise minimalista e abstracto, semi-electrónico e/ou semi-orgânico, na linha de um sem número de colectivos que proliferam no underground norte-americano. Já com o novíssimo Get Color o caso muda substancialmente de figura, ao ponto de este andar a rodar em modo repeat cá por casa.
Ao segundo longa-duração, e sem arriscar a abrasividade de outrora, o quarteto californiano deixa-se de esboços e investe fortemente no formato canção. Não canções lineares, segundo a ortodoxia pop, mas sim canções que recorrem aos processos desconstrutivistas em voga no Reino Unido post-punk. Não tanto pela estética, mas mais pelo modus operandi, é adequado pensar nos Public Image Ltd. quando se escuta Get Color. No entanto, a consciência é assaltada com maior intensidade pelo colossal Loveless, funcionando os HEALTH como uma espécie de negativo dos My Bloody Valentine. Ou seja, uns são pesadelo onde os outros eram sonho, uns são sombras onde os outros eram. O primeiro vídeo promocinal é igualmente merecedor de uns quantos visonamentos:


"Die Slow" [Lovepump United / City Slang, 2009]

2 comentários:

eduardo disse...

se os DFA 1979 editassem um segundo registo andaria próximo disto?

M.A. disse...

Não me parece... but, who knows?!