Fuck Buttons + Ninjas! @ Galeria Zé dos Bois, 01/10/2009
Antes de mais, gostava de saudar a atitude da direcção da ZdB em reduzir o número de bilhetes postos à venda para cada concerto, o que, em espectáculos esgotados como o da passada quinta-feira, não resolve em definitivo o problema do calor excessivo, mas melhora consideravelmente as condições de tão exígua sala.
Dos bristolianos Fuck Buttons sabe-se que são uma bem urdida mescla de electrónica leftfield, drone, noise, kraut, post-rock, psicadelismo, e o que mais vier à rede. Se o disco do ano passado era um exercício de transe induzido pela densidade textural e pela repetição, o novíssimo Tarot Sport é feito de sons mais líquidos e de um claro investimento nos ritmos vagamente dançáveis - cortesia do produtor Andrew Weatherall, supõe-se. Como se esperava, a parte de leão do concerto coube a este último, com os temas a surgirem transmutados em devaneios "pastilhados" reminiscentes de experiências dos excelsos Underworld. Se esta faceta teve o condão de por uma boa parte da plateia a dançar despreocupadamente, também causou alguma irritação na secção adepta das sonoridades mais extremas que, como é sabido, não prima pela abertura de espírito. Para estes - e também para os outros, porque menos preconceituosos - a compensão surgiu sob a forma dos monolíticos "Bright Tomorrow" e "Sweet Love For Planet Earth", em igual medida sugestões de paisagens idílicas e de cenários de devastação.
Antes da dupla britânica, o aquecimento ficou a cargo de Ninjas!, projecto nacional de Bruno Silva. Na curta prestação registam-se semelhanças estéticas com os protagonistas da noite, embora com inferior poder de envolvência. Nas vozes gravadas que surgem pelo meio das texturas densas, palpita uma indesejável aptência para o gótico.
Dos bristolianos Fuck Buttons sabe-se que são uma bem urdida mescla de electrónica leftfield, drone, noise, kraut, post-rock, psicadelismo, e o que mais vier à rede. Se o disco do ano passado era um exercício de transe induzido pela densidade textural e pela repetição, o novíssimo Tarot Sport é feito de sons mais líquidos e de um claro investimento nos ritmos vagamente dançáveis - cortesia do produtor Andrew Weatherall, supõe-se. Como se esperava, a parte de leão do concerto coube a este último, com os temas a surgirem transmutados em devaneios "pastilhados" reminiscentes de experiências dos excelsos Underworld. Se esta faceta teve o condão de por uma boa parte da plateia a dançar despreocupadamente, também causou alguma irritação na secção adepta das sonoridades mais extremas que, como é sabido, não prima pela abertura de espírito. Para estes - e também para os outros, porque menos preconceituosos - a compensão surgiu sob a forma dos monolíticos "Bright Tomorrow" e "Sweet Love For Planet Earth", em igual medida sugestões de paisagens idílicas e de cenários de devastação.
Antes da dupla britânica, o aquecimento ficou a cargo de Ninjas!, projecto nacional de Bruno Silva. Na curta prestação registam-se semelhanças estéticas com os protagonistas da noite, embora com inferior poder de envolvência. Nas vozes gravadas que surgem pelo meio das texturas densas, palpita uma indesejável aptência para o gótico.
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