"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

sábado, 3 de outubro de 2009

Know your enemy
















Longe dos holofotes da fama, alheios a pressões mercantis, os Built to Spill seguem serenamente uma viagem que já leva 17 anos. No caminho, desconhece-se algo descritível como sucesso. Porém, o culto firme que faz deste projecto algo pessoal de Doug Martsch um dos nomes mais acarinhados do cenário indie norte-americano tem perpetuado a ligação contratual a uma das mais poderosas multinacionais - a Warner Bros.. Nasceram como trio, já foram um quarteto e, de alguns anos a esta parte, existem como quinteto, algo que tem contribuido para um incremento na complexidade da criação musical. Era assim em You In Reverse (2006) e assim permanece em There Is No Enemy, o sétimo álbum álbum de originais que se aprestam para editar. Esperem, portanto, longas digressões instrumentais ao serviço de canções envolventes e trabalhadas até ao mais infímo pormenor. No entanto, no novo disco, a tensão latente do anterior registo é suprimida em favor de um maior contenção da qual resultam onze temas que, grosseiramente, podemos descrever como baladas disformes e introspectivas. Os solos de guitarra, em número considerável, mais do que uma demonstração do reconhecido virtuosismo de Martsch, são uma extensão dos lamentos ambíguos sobre o mundo que rodeia o letrista/vocalista. Sam Coomes (Quasi) e Paul Leary (Butthole Surfers) são apenas dois dos vários convidados. There Is No Enemy chega às lojas na próxima e especula-se que possa ser o último disco gravado por Martsch com os Built to Spill. A boa notícia é que está em streaming aqui.

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