...AND YOU WILL KNOW US BY THE TRAIL OF DEAD
Madonna [Merge, 1999]
Por alturas da edição do segundo disco da banda que, como pretendido, ficou conhecida por Trail of Dead, Everett True afirmou que, com o definhamento dos Sonic Youth e a latência dos Fugazi, alguém tinha que destilar a raiva e ser o municiador da explosão sónica com camadas de guitarras em fusão. Depois de se penetrar na densidade textural de Madonna (dispensam-se as interpretações marotas), não há como negar a razão àquele influente divulgador da "cena" independente. Efectivamente, o combo texano consegue, com frescura e vivacide, captar simultaneamente o experimentalismo "acessível" dos primeiros e a alienação militante dos segundos.
Após um breve trecho de abertura, somos confrontados com a vertigem furiosa de "Mistakes And Regrets". Ainda que metade das palavras berradas por Conrad Kelly sejam imperceptíveis, facilmente adivinhamos sentimentos pouco amistosos para com o destinatário. A velocidade mantém-se no vermelho nos dois temas seguintes, exemplarmente movidos pela bateria marcial. No ritmo quase-valsa do belíssimo "Clair De Lune" é concedida uma trégua ao ouvinte. A partir deste ponto, Madonna entra num estado de semi-ebulição no qual se pressente um crescendo de tensão. Nesta secção intermédia destaca-se "Mark David Chapman", clara alusão aos tais Sonic Youth do período que compreende EVOL e Sister. Nesta tema, a partir da referência ao assassino de John Lennon, os Trail of Dead reflectem sobre a influência da música na vida das pessoas. Já perto do final, o reboliço catártico atinge novo pico com "A Perfect Teenhood". No melhor espírito juvenil, este tema culmina na repetição exaustiva a plenos pulmões de um expressivo "fuck you!" ao qual se segue o caos ruidoso.
Três anos volvidos, os Trail of Dead aprimoraram a fórmula com o superlativo Source Tags & Codes. Daí em diante, o declínio tem sido gradual, em relação de proporcionalidade com as referências prog e a espiritualidades ancestrais.
Após um breve trecho de abertura, somos confrontados com a vertigem furiosa de "Mistakes And Regrets". Ainda que metade das palavras berradas por Conrad Kelly sejam imperceptíveis, facilmente adivinhamos sentimentos pouco amistosos para com o destinatário. A velocidade mantém-se no vermelho nos dois temas seguintes, exemplarmente movidos pela bateria marcial. No ritmo quase-valsa do belíssimo "Clair De Lune" é concedida uma trégua ao ouvinte. A partir deste ponto, Madonna entra num estado de semi-ebulição no qual se pressente um crescendo de tensão. Nesta secção intermédia destaca-se "Mark David Chapman", clara alusão aos tais Sonic Youth do período que compreende EVOL e Sister. Nesta tema, a partir da referência ao assassino de John Lennon, os Trail of Dead reflectem sobre a influência da música na vida das pessoas. Já perto do final, o reboliço catártico atinge novo pico com "A Perfect Teenhood". No melhor espírito juvenil, este tema culmina na repetição exaustiva a plenos pulmões de um expressivo "fuck you!" ao qual se segue o caos ruidoso.
Três anos volvidos, os Trail of Dead aprimoraram a fórmula com o superlativo Source Tags & Codes. Daí em diante, o declínio tem sido gradual, em relação de proporcionalidade com as referências prog e a espiritualidades ancestrais.
"Mistakes And Regrets"
1 comentário:
bom disco. o posterior já deixou um pouco a desejar e daí para frente a coisa descambou, e de que maneira..
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