JIM MARSHALL
[1923-2012]
Morreu ontem, aos 88 anos e, ironicamente, na paz do sono, Jim Marshall, proclamado The Father of Loud. Se à partida o nome deste velhinho simpático diga pouco a muito boa gente, talvez o caso mude de figura se dissermos que, em inícios de sessentas, criou os célebres amplificadores Marshall. A partir daí, como se sabe, a guitarra tornar-se-ia uma ameaça séria aos tímpanos de todos os apreciadores do rock tocado alto-e-bom-som. Pelo feito, acabaria por ser distinguido com a Ordem do Império Britânico.
A sua criação é especialmente venerada nos meandros do heavy metal, universo no qual uma parede de amplificadores Marshall é um cliché mais que gasto. Mas também por muitos virtuosos da guitarra dados ao perfeccionismo. Entre os nomes mais caros a este pasquim, há também uma lista infindável de músicos que usaram e abusaram das possibilidades sónicas proporcionadas por Marshall. São os casos de Kurt Cobain (que morreu exactamente 18 anos antes), Thurston Moore, J Mascis, Jimi Hendrix, ou esse ícone maior da guitarra que dá pelo nome de Pete Townshend. É este último que recordamos, décadas antes de andar a alertar a juventude para os riscos de se ouvir música demasiado alto. Precisamente naquele episódio, já lendário na história do rock, que envolve explosivos em carga excessiva. Uma cortesia do impagável Keith Moon.
The Who _ "My Generation" [Brunswick, 1965]
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