"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Prids in the name of ex-love















Mesmo nesta era em que tudo parece estar à distância de um clique há bandas que escapam à nossa sede de novidades. Ou melhor, nesta era de excesso de oferta, é compreensível que muita boa música se obscureça na escassez de tempo disponível para a ouvir. É neste contexto que "descubro", com considerável atraso esta banda chamada The Prids, norte-americanos de Portland, cidade com muita e boa oferta musical. É preciso dizer que já levam 15 anos de existência, muitos dos quis com a coabitação pacífica do ex-casal que os lidera: David Frederickson e Mistina La Fave. Consta também, embora pouco me interesse, que, no passado, revelavam alguma inclinação para as chamadas sonoridades "góticas".

O que realmente me interessa nos The Prids é o presente. Ou melhor, o passado recente. Mais concretamente Chronosynclastic, o álbum do ano passado (apenas o terceiro) que, apesar da densidade e de algum negrume em linha com algum post-punk da alvorada de oitentas, está longe de merecer tão triste catalogação como a supra citada. Contudo, a imediata impressão que fica da audição é que este um disco mais de acordo com o indie-rock americano de inícios da década de 1990, com guitarras desalinhadas e a urgência típica do post-hardcore que encontramos nos Fugazi e em certos períodos da vivência dos Sonic Youth. O que mais sobressai, porém, é a grandiosidade emotiva e a complexidade que caracterizam a maioria das canções, a remeter obrigatoriamente para os fantásticos Built to Spill. Na maioria dos casos, por entre a muralha sónica, a harmonia eclode do enlace das vozes masculina/feminina. Como na amostra infra, por exemplo.

"I'll Wait" [Velvet Blue Music, 2010]

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