THE JESUS LIZARD / NIRVANA
Puss / Oh, The Guilt
[Touch and Go, 1993]
Um dos maiores fenómenos de massas dos últimos vinte anos, os Nirvana pugnaram sempre por um apego às raízes underground, bem patente nas declarações públicas do seu líder, mas também nos lançamentos conjuntos com nomes mais ou menos obscuros. É o caso deste split captado em estúdio pelo ouvido clínico de Steve Albini e que valeu aos Jesus Lizard uma inédita entrada nos tops de vendas britânicos.
No lado A, "Puss" é um claro manisfesto de intenções da banda de Chicago, seguidora da cartilha noise/math rock visceral desenvolvida anos antes pelo próprio Albini com os seus Big Black. Guitarras abrasivas, bateria de precisão matemática, ritmo fracturado, e um David Yow confrontacional a vociferar invectivas de carácter sexista (é favor não o levar muito a sério), fazem deste tema um autêntico soco nas trombas. As imagens do vídeo promocional, de visionamento desaconselhável a pessoas facilmente impressionáveis, assentam como uma luva na violência gratuita da música e das palavras.
Para o lado B são relegados as estrelas da companhia. "Oh, The Guilt", numa versão gravada ao segundo take, segundo Albini, é demonstrativo do lado mais cru da música de Kurt Cobain & C.ª. Qualquer hipótese de aproximação a uma certa limpidez da produção de Butch Vig no clássico Nevermind é sabotada pela intromissão constante do clique de um isqueiro.
No lado A, "Puss" é um claro manisfesto de intenções da banda de Chicago, seguidora da cartilha noise/math rock visceral desenvolvida anos antes pelo próprio Albini com os seus Big Black. Guitarras abrasivas, bateria de precisão matemática, ritmo fracturado, e um David Yow confrontacional a vociferar invectivas de carácter sexista (é favor não o levar muito a sério), fazem deste tema um autêntico soco nas trombas. As imagens do vídeo promocional, de visionamento desaconselhável a pessoas facilmente impressionáveis, assentam como uma luva na violência gratuita da música e das palavras.
Para o lado B são relegados as estrelas da companhia. "Oh, The Guilt", numa versão gravada ao segundo take, segundo Albini, é demonstrativo do lado mais cru da música de Kurt Cobain & C.ª. Qualquer hipótese de aproximação a uma certa limpidez da produção de Butch Vig no clássico Nevermind é sabotada pela intromissão constante do clique de um isqueiro.
1 comentário:
Grande recordação.
Abraço
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