"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

terça-feira, 25 de setembro de 2007

RE-CREATION

Em tempos recentes, a londrina CHERRY RED RECORDS tem assumido um papel fulcral na recuperação de muitos tesouros perdidos da época de ouro do indie pop da segunda metade dos oitentas, tanto através de reedições de álbuns, como da publicação de antologias de nomes que merecem ser recordados.
É nesta segunda categoria de discos que se inserem os dois exemplos que se seguem, editados pela subsidiária REV-OLA e recentemente adquiridos por este escriba a um preço extremamente convidativo. Tratam-se de antologias de duas bandas que marcaram os primeiros anos de vida da CREATION RECORDS, ainda longe da consagração da alvorada dos 1990s. Dois casos paradigmáticos de mestria no manuseamento das jangly guitars, essenciais no definir de uma identidade.

BIFF BANG POW!
Waterbomb (2003)
Esta banda, formada em Londres, tinha a particularidade de o seu vocalista ser um certo escocês, de seu nome Alan McGee, que era também fundador e patrão da Creation. E acreditem que o homem não se desenrascava nada mal.
Durante o período de vida (1983-1991) revelaram-se extremamente profícuos, editando diversos discos onde a temática do Amor era quase uma obsessão.
A inspiração provinha de duas fontes distintas: a pop produzida na west coast norte-americana duas décadas antes (Love, The Byrds), a música mod (The Kinks, The Creation, The Jam).
Temas essenciais: "She Paints", "Love's Going Out Of Fashion", "Fifty Years Of Fun", "Someone Stole My Wheels", "The Girl From Well Lane".

THE JASMINE MINKS
The Revenge Of... (2004)
Entre 1984 e 1989, esta banda escocesa foi uma presença assídua nas tabelas indie, então ainda um barómetro do que de melhor se fazia à margem do mainstream.
Com referências em muito idênticas às dos BBP!, mas praticantes de um som mais rugoso, os THE JASMINE MINKS iam também beber aos sons de apelo mais pop nascidos no seio do movimento punk (Subway Sect, Buzzcocks). Na fase mais avançada da carreira, a sua música surge marcada por um elemento soul bem vincado que remete obviamente para os conterrâneos Orange Juice. A mensagem era por vezes, e à semelhança dos contemporâneos McCarthy, algo politizada, no que constitui uma clara influência nos Manic Street Preachers.
Temas essenciais: "Cut Me Deep", "Work For Nothing", "Think!", "Ghost Of A Young Man", "Cold Heart", "Soul Station", "What's Happening!".

1 comentário:

Shumway disse...

Ah, os grandes Jasmine Minks.