"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Singles Bar #77








CATH CARROLL
Moves Like You
[Factory, 1991]




Algo desaparecida do mapa, Cath Carroll foi, em tempos, figura de proa no universo indie britânico. Para além de ser uma carinha laroca, era colaboradora do New Musical Express, precisamente no tempo em que esta publicação era uma espécie de "bíblia" indie. Como vocalista, encabeçou os Miaow, que figuram na célebre C86 do mesmo NME, e depois The Hit Parade, banda com ligações à Sarah Records. Era, portanto, a musa twee por excelência. Que o digam os Unrest, que deram o seu nome a uma canção de pura devoção.

Depois de casar com Santiago Durango, antigo baixista dos Big Black, Carroll aventurou-se numa carreira a solo que a levaria a ser a "ave rara" numa Factory Records que já definhava. Por intermédio do marido, England Made Me, o único álbum que gravou para o selo de Tony Wilson, contou com a colaboração de Steve Albini, na altura uma presença completamente inesperada num disco que se movia na mesma pop revivalista de uns Saint Etienne de então. Embora o álbum no seu todo esgote uma fórmula até à exaustão, um punhado dos seus temas cintilam hoje como há mais de vinte anos. Do todo destaca-se "Moves Like You", não por acaso escolhido para single promocional. Encurtada relativamente à versão do álbum, a mistura do single, ligeiramente mais arejada, sublinha a voz delicada de Carroll, as linhas rítmicas de uma elegância irresistível, e as invitáveis "pianadas Ibiza" que à data eram lei na Inglaterra dançante. Ouvido hoje, "Moves Like You" retém toda a frescura original e, tal como muitos temas dos citados Saint Etienne, ainda é capaz de fazer boa figura em pistas de dança de gosto sofisticado.

Vídeo

Sem comentários: