"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

domingo, 12 de dezembro de 2010

Rubber souls

















Foto: Andy Willisher

No deserto de ideias que é a música pop actual ainda há bandas capazes de nos entusiasmar e ansiar por um lançamento discográfico em formato longo. É o caso do Yuck, colectivo que assentou arraiais em Londres, mas com elementos de diferentes proveniências. São quatro. Por vezes cinco, quando a irmã do vocalista Daniel Blumberg se lhes junta nos coros. Como poderão aferir pelas amostras disponíveis no seu Myspace, fazem da variedade estética o modus operandi. Fervorosos dos Dinosaur Jr., recuam, por vezes, àqueles tempos em que os Teenage Fanclub ou os Swervediver soavam mais americanos que muitas bandas ianques. Noutras, têm a leveza pop juvenil que, a espaços, encontramos em discos dos Pixies ou dos Sonic Youth. Shoegaze ou grunge são termos que integram no léxico, mas em sentido muito lato. São ruidosos e espectrais, mas também melancólicos  e melodiosos. Ou seja, a típica banda que, há 20 anos, Alan McGee dava tudo para ter no catálogo da Creation. Vejam-nos/oiçam-nos na sua faceta mais trippy e esqueçam que tanto vocalista como guitarrista fizeram um dia parte dessa nota de rodapé chamada Cajun Dance Party. Surpreendente, não?

"Rubber" [Mercury, 2010]

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