THE FLAMING LIPS
The Soft Bulletin [Warner Bros., 1999]
... e no ano seguinte ao da reinvenção dos Mercury Rev, os velhos parceiros de muitas desventuras acrescentam mais um genial capítulo na revitalização da "música cósmica americana". Vistos como a banda indie eternamente à porta de entrada do mainstream, os Flaming Lips conhecem aqui o momento de afirmação em absoluto. Sem qualquer exagero, digo que, depois de The Soft Bulletin, a música popular norte-americana nunca mais foi a mesma. Lá ao longe, deixa de se vislumbrar aquela banda aplicada mas algo desajeitada (nem sempre de forma propositada, refira-se). Os anos de trabalho conjunto com o produtor Dave Fridmann resultam num disco que não conhece limites para a ambição, uma sinfonia adornada por arranjos de cordas opolentos, melodias ao piano, coros grandiosos, e batidas sintéticas.
Ao contrário de muitos discos da mesma altura, The Soft Bulletin não sofre com o peso da tensão do fim de milénio. Ao invés, por entre questões metafísicas e ambientes idílicos, Wayne Coyne carrega nas palavras e na voz frágil uma réstia de esperança num futuro radioso. Cientistas que competem em prol da humanidade, balas que não se sentem, e a crença na vinda de um salvador, são elementos de um universo idealizado pelo líder dos Flaming Lips, no qual os sentimentos de dor e de perda são ultrapassados pela poder do amor e da tolerância. Desta altura em diante, há relatos que descrevem um concerto dos Flaming Lips como uma festa do Ronald McDonald "movida" a ácidos. Com grande penha minha, esta é uma experiência que ainda não tive oportunidade de viver in loco.
Na impossibilidade de, por imposição legal, colocar um vídeo oficial, socorro-me de uma alternativa à altura:
Ao contrário de muitos discos da mesma altura, The Soft Bulletin não sofre com o peso da tensão do fim de milénio. Ao invés, por entre questões metafísicas e ambientes idílicos, Wayne Coyne carrega nas palavras e na voz frágil uma réstia de esperança num futuro radioso. Cientistas que competem em prol da humanidade, balas que não se sentem, e a crença na vinda de um salvador, são elementos de um universo idealizado pelo líder dos Flaming Lips, no qual os sentimentos de dor e de perda são ultrapassados pela poder do amor e da tolerância. Desta altura em diante, há relatos que descrevem um concerto dos Flaming Lips como uma festa do Ronald McDonald "movida" a ácidos. Com grande penha minha, esta é uma experiência que ainda não tive oportunidade de viver in loco.
Na impossibilidade de, por imposição legal, colocar um vídeo oficial, socorro-me de uma alternativa à altura:
"Race For The Price"
1 comentário:
Um grande afirmação...
E no meu Top 10 do ano.
Abraço
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