"Please don't think of us as an 'indie band' as it was never meant to be a genre, and anyway we are far too outward looking for that sad tag." - Stephen Pastel

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Postais primaveris - Parte III: Roteiro da Matemática











SHELLAC
Steve Albini, Bob Weston, Todd Trainer - qualquer um destes nomes dispensa apresentações ao cidadão atento às movimentações no underground no último quarto de século. Todos eles têm passados em bandas emblemáticas e, somados, os discos produzidos/gravados pelos dois primeiros são na ordem das centenas, muitos deles marcos incontornáveis da história recente do rock mais desalinhado. Em estúdio, a experiência dos seus integrantes faz com que tenham processos de gravação peculiares, o que acaba por se reflectir nos discos. Mas, diz-se, é em palco que a agressão sonora dos Shellac não deixa ninguém indiferente. Juntos desde 1992, estranhamente, nunca passaram - nem se prevê que passem tão cedo - por este jardim à beira-mar plantado.

"Prayer To God"
[Touch and Go, 2000]











THE JESUS LIZARD
Guitarras cortantes, batidas precisas, e letras incisivas, fazem dos Jesus Lizard umas das mais bem oleadas máquinas math rock da década passada. Dois pares de discos gravados para a emblemática Touch and Go, todos sob "direcção" de Steve Albini, serviram para criar uma reputação de enfant terribles incorrigíveis. Com a passagem para o lado das multinacionais, veio o desquite com Albini, e as tensões que ditariam uma primeira morte, em 1999. Cumprido um período sabático de dez anos, regressam aos palcos no preciso momento em que uma legião de descendentes está na ordem do dia. Do frontman David Yow, um provocador nato, pode esperar-se tudo...

"Monkey Trick"
[Touch and Go, 1991]

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