BUILT TO SPILL
Keep It Like A Secret
[Warner Bros., 1999]
Falar dos Built to Spill (BtS) é falar de Doug Martsch, mentor, único membro permanente, e músico/compositor de inúmeros recursos. Debutantes discretos em pleno período de vigência do grunge, os BtS souberam ao longo destes anos cimentar-se como uma das forças vitais do indie rock norte-americano. Hoje, é um mistério como é possível uma banda que assina obras-primas com a mesma frequência com que obtém falhanços comerciais permanecer no catálogo de um dos mais poderosos grupos editorias do mundo. Nem tudo vai mal na toda-poderosa indústria discográfica...
Ao contrário do habitual, para a gravação de Keep It Like A Secret transita a formação que havia registado o igualmente mui recomendável Perfect From Now On (1997). O midas do indie rock Phil Ek permanece também no lugar de produtor. Eventualmente na tentativa de agradar aos executivos da Warner, a primeira metade de Secret expõe uma faceta exuberantemente pop até aqui desconhecida nos BtS. Os temas são curtos, directos, e viciosamente apelativos, mas em nada beliscam a identidade da banda, comumente vista como "difícil". Para a segunda parte do disco ficam guardados os longos épicos, desta feita subtraídos dos conhecidos devaneios em regime jam que valeriam a Martsch o epíteto de guitar hero, não tivesse esta expressão uma conotoção habitualmente pejorativa. Aparentemente um disco de dupla personalidade, Secret é, no entanto, profundamente coeso, tanto pela simplificação do método compositivo, como pelas letras - misteriosas e enigmáticas - de Martsch.
É vossa/nossa obrigação desobedecer à ordem do título e revelar este segredo ao mundo.
Ao contrário do habitual, para a gravação de Keep It Like A Secret transita a formação que havia registado o igualmente mui recomendável Perfect From Now On (1997). O midas do indie rock Phil Ek permanece também no lugar de produtor. Eventualmente na tentativa de agradar aos executivos da Warner, a primeira metade de Secret expõe uma faceta exuberantemente pop até aqui desconhecida nos BtS. Os temas são curtos, directos, e viciosamente apelativos, mas em nada beliscam a identidade da banda, comumente vista como "difícil". Para a segunda parte do disco ficam guardados os longos épicos, desta feita subtraídos dos conhecidos devaneios em regime jam que valeriam a Martsch o epíteto de guitar hero, não tivesse esta expressão uma conotoção habitualmente pejorativa. Aparentemente um disco de dupla personalidade, Secret é, no entanto, profundamente coeso, tanto pela simplificação do método compositivo, como pelas letras - misteriosas e enigmáticas - de Martsch.
É vossa/nossa obrigação desobedecer à ordem do título e revelar este segredo ao mundo.