AMUSEMENT PARKS ON FIRE
Origem: Nottingham (UK)
Período de Actividade: 2004-
Influências: Swervedriver, Ride, Pale Saints
A ouvir: Out Of The Angeles (V2, 2006)
MySpace
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
GOOD COVER VERSIONS #3
RIDE
"How Does It Feel To Feel?" (Creation, 1994)
[Original: The Creation (1967)]
"How Does It Feel To Feel?" (Creation, 1994)
[Original: The Creation (1967)]
Algures entre o psicadelismo dos Beatles e o mod dos Kinks, a carreira dos THE CREATION durou apenas dois anos, entre 1966 e 1968. Não terá sido o tempo suficiente para granjear grande fama, mas terá sido o bastante para constituir uma sólida legião de fiéis. De todos, o mais conhecido será um escocês que dá pelo nome de Alan McGee que, em 1983, não só dava o nome da sua banda preferida à editora por si criada, como baptizava a banda que liderava com o nome de uma das suas canções (Biff Bang Pow!).
Quis o destino que uma certa banda do catálogo da Creation Records, talvez por influência do "mestre", viesse a revisitar este hino do chamado período da british invasion.
Em 1994, os RIDE procuravam fugir ao estigma do shoegazing, género então em perda de visibilidade. Esse desejo de mudança seria materializado no rock musculado do álbum Carnival Of Light, na altura não muito bem visto, tanto aos olhos da crítica como do público.
Por entre momentos menos inspirados, Carnival Of Light tem ainda diversos pontos de interesse. Como é o caso desta versão que, mesmo sendo claramente inferior ao original, é a homenagem sincera merecida a um dos grandes tesouros perdidos da pop britânica.
Quis o destino que uma certa banda do catálogo da Creation Records, talvez por influência do "mestre", viesse a revisitar este hino do chamado período da british invasion.
Em 1994, os RIDE procuravam fugir ao estigma do shoegazing, género então em perda de visibilidade. Esse desejo de mudança seria materializado no rock musculado do álbum Carnival Of Light, na altura não muito bem visto, tanto aos olhos da crítica como do público.
Por entre momentos menos inspirados, Carnival Of Light tem ainda diversos pontos de interesse. Como é o caso desta versão que, mesmo sendo claramente inferior ao original, é a homenagem sincera merecida a um dos grandes tesouros perdidos da pop britânica.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
NA TERRA DA ABUNDÂNCIA
A data de 10 de Março fica marcada pela edição Superabundance, o regresso aos discos do trio THE YOUNG KNIVES, dois anos após a auspiciosa estreia em formato grande com Voices Of Animals And Men.
Por aquilo que já é conhecido (os singles "Terra Firma" e "Up All Night"), Superabundance promete a manutenção da fórmula ganhadora: canções curtas, guitarras nervosas e sarcasmo tipicamente britânico.
Por aquilo que já é conhecido (os singles "Terra Firma" e "Up All Night"), Superabundance promete a manutenção da fórmula ganhadora: canções curtas, guitarras nervosas e sarcasmo tipicamente britânico.
The Young Knives no MySpace
DUETOS #1
Kristin Hersh & Michael Stipe "Your Ghost" (4AD, 1994)
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
AO VIVO #12
Spoon @ Aula Magna, 23/02/2008
Há algum tempo atrás, poder ver os Spoon em concerto por duas vezes no espaço de meio ano seria algo de inimaginável. Mais improvável seria ainda a possibilidade de, em duas noites consecutivas, poder partilhar não só os mesmos espaços de diversão nocturna, como também algumas impressões com Britt Daniel e o gentleman Jim Eno, os dois estrategas da banda texana vai para 15 anos.
Comparativamente ao concerto de Agosto passado em Paredes de Coura, já de si excelente, a prestação de sábado à noite triunfa a toda a linha: um concerto mais longo, dirigido a um público apreciador, e mais representativo do percurso muito peculiar desta banda.
Sem perder tempo com conversas de circunstância, os quatro músicos em palco despejam quase duas dezenas de temas que não deixam ninguém indiferente, desde o público mais conhecedor até alguns recém-convertidos. Após a destruição das cordas de uma guitarra no culminar de belíssimo "Black Like Me", não poderia faltar o regresso ao palco para o encore da consagração.
Perante o groove de uma pianada como já não se usa, e os espasmos guitarrísticos de Britt Daniel, o mais difícil era mesmo permanecer colado à cadeira.
Ou muito me engano, ou aquela ovação final poderá ser o prenúncio de uma daquelas paixões em que o povo lusitano é pródigo.
Antes dos Spoon, passaram pelo palco os Mazgani, banda que leva o nome do seu mentor, um iraniano radicado em Portugal há mais de duas décadas. Com uma música de um dramatismo exacerbado, tanto recuperam glórias do passado (Echo & The Bunnymen, The House of Love), como encontram paralelos no presente (DeVotchKa). Sem serem particularmente originais, o que mais impressiona nos Mazgani é uma competência para por as ideias em prática pouco usual por cá. O público, em claro sinal de reconhecimento, aplaude.
Comparativamente ao concerto de Agosto passado em Paredes de Coura, já de si excelente, a prestação de sábado à noite triunfa a toda a linha: um concerto mais longo, dirigido a um público apreciador, e mais representativo do percurso muito peculiar desta banda.
Sem perder tempo com conversas de circunstância, os quatro músicos em palco despejam quase duas dezenas de temas que não deixam ninguém indiferente, desde o público mais conhecedor até alguns recém-convertidos. Após a destruição das cordas de uma guitarra no culminar de belíssimo "Black Like Me", não poderia faltar o regresso ao palco para o encore da consagração.
Perante o groove de uma pianada como já não se usa, e os espasmos guitarrísticos de Britt Daniel, o mais difícil era mesmo permanecer colado à cadeira.
Ou muito me engano, ou aquela ovação final poderá ser o prenúncio de uma daquelas paixões em que o povo lusitano é pródigo.
Antes dos Spoon, passaram pelo palco os Mazgani, banda que leva o nome do seu mentor, um iraniano radicado em Portugal há mais de duas décadas. Com uma música de um dramatismo exacerbado, tanto recuperam glórias do passado (Echo & The Bunnymen, The House of Love), como encontram paralelos no presente (DeVotchKa). Sem serem particularmente originais, o que mais impressiona nos Mazgani é uma competência para por as ideias em prática pouco usual por cá. O público, em claro sinal de reconhecimento, aplaude.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
A IDADE DOS PORQUÊS
Yoni Wolf foi em tempos membro dos cLOUDDEAD, esse colectivo cuja carreira teve tanto de genial como de fugaz.
Enquanto membro do mítico combo californiano, respondia pelo pseudónimo de WHY?, epíteto igualmente adoptado para a banda que lidera desde então.
Dois anos após o mui aclamado Elephant Eyelash, os WHY? regressam a 10 de Março com o seu terceiro longa-duração. A coisa dá pelo nome de Alopecia e tem, como sempre, selo de garantia Anticon.
Esta música foi já definida por alguém como o hipotético cruzamento entre os Pavement e o hip hop mais experimental. Não sendo totalmente descabida, esta ou qualquer outra definição pecará sempre por defeito. Dificuldades de catalogação à parte, o que eu posso garantir é que isto é bom... muito bom!
Façam o favor de conferir aqui, onde, além do álbum na íntegra, podem também escutar uma versão imperdível de "Close To Me" (The Cure).
Enquanto membro do mítico combo californiano, respondia pelo pseudónimo de WHY?, epíteto igualmente adoptado para a banda que lidera desde então.
Dois anos após o mui aclamado Elephant Eyelash, os WHY? regressam a 10 de Março com o seu terceiro longa-duração. A coisa dá pelo nome de Alopecia e tem, como sempre, selo de garantia Anticon.
Esta música foi já definida por alguém como o hipotético cruzamento entre os Pavement e o hip hop mais experimental. Não sendo totalmente descabida, esta ou qualquer outra definição pecará sempre por defeito. Dificuldades de catalogação à parte, o que eu posso garantir é que isto é bom... muito bom!
Façam o favor de conferir aqui, onde, além do álbum na íntegra, podem também escutar uma versão imperdível de "Close To Me" (The Cure).
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
For all the fucked up children of the world #3
I'd take you where nobody knows you
And nobody gives a damn
I said nobody knows you
and nobody gives a damn
I said nobody knows you
and nobody gives a damn either way
About your blood
your bones
your voice
and ghost
because nobody knows you
and nobody gives a damn either way
And nobody gives a damn
I said nobody knows you
and nobody gives a damn
I said nobody knows you
and nobody gives a damn either way
About your blood
your bones
your voice
and ghost
because nobody knows you
and nobody gives a damn either way
Wolf Parade "I'll Believe In Anything" (Sub Pop, 2005)
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
AO VIVO #11
The Raveonettes @ Santiago Alquimista, 20/02/2008
Ecos vindos de terras nortenhas já me tinham alertado para a indisponibilidade vocal de Sune Rose Wagner, o rapaz que envergava uma t-shirt dos Atari Teenage Riot (?) e que é também o compositor dos RAVEONETTES. Ao fim de uma hora e pouco de espectáculo, em que Sharin Foo assumiu em exclusivo (e em grande estilo) as vocalizações, já poucos dos presentes no Alquimista lamentariam esse facto.
Dando óbvio destaque ao recente Lust Lust Lust, a dupla (ao vivo expandida a trio) dinamarquesa apresentou aquilo que se pode designar como um alinhamento de antologia. Do último disco apresentaram todos os seus melhores temas: "Dead Sound", "The Beat Dies" e "You Want The Candy". Dos anteriores registos não faltaram os quase-clássicos "Attack Of The Ghost Riders", "The Great Love Sound" e "Love In A Trashcan", com este último a gerar alguma agitação na assistência. Já a caminhar para o seu final, o concerto teve um dos grandes momentos, com uma versão do excelente "French Disko", dos estimáveis Stereolab. Para o mini-encore estava reservado "Twilight", o melhor tema do fraquinho Pretty In Black.
Em palco, o aparato cénico é reduzido ao essencial: duas guitarras e percussão mínima, Sune compenetrado, Sharin comunicativa q.b.. O arsenal de pedais e alguns apontamentos sintéticos fazem o resto.
Podia ainda dizer que os Raveonettes tresandam a Jesus & Mary Chain da fase Psychocandy, mas isso já não constitui novidade para ninguém. Mas também podia acrescentar que por aqui não moram a atitude punky e a postura down que caracterizaram a mítica banda escocesa. Com estes dinamarqueses a boa-disposição é palavra de ordem. E com esta atitude também se podem proporcionar óptimos concertos.
Dando óbvio destaque ao recente Lust Lust Lust, a dupla (ao vivo expandida a trio) dinamarquesa apresentou aquilo que se pode designar como um alinhamento de antologia. Do último disco apresentaram todos os seus melhores temas: "Dead Sound", "The Beat Dies" e "You Want The Candy". Dos anteriores registos não faltaram os quase-clássicos "Attack Of The Ghost Riders", "The Great Love Sound" e "Love In A Trashcan", com este último a gerar alguma agitação na assistência. Já a caminhar para o seu final, o concerto teve um dos grandes momentos, com uma versão do excelente "French Disko", dos estimáveis Stereolab. Para o mini-encore estava reservado "Twilight", o melhor tema do fraquinho Pretty In Black.
Em palco, o aparato cénico é reduzido ao essencial: duas guitarras e percussão mínima, Sune compenetrado, Sharin comunicativa q.b.. O arsenal de pedais e alguns apontamentos sintéticos fazem o resto.
Podia ainda dizer que os Raveonettes tresandam a Jesus & Mary Chain da fase Psychocandy, mas isso já não constitui novidade para ninguém. Mas também podia acrescentar que por aqui não moram a atitude punky e a postura down que caracterizaram a mítica banda escocesa. Com estes dinamarqueses a boa-disposição é palavra de ordem. E com esta atitude também se podem proporcionar óptimos concertos.
GOING BLANK AGAIN #5
THE PAINS OF BEING PURE AT HEART*
Origem: Nova Iorque (US)
Período de Actividade: 2007-
Influências: My Bloody Velentine (dos primórdios), Teenage Fanclub, The Pastels
A ouvir: The Pains Of Being Pure At Heart EP (Painbow, 2007)
MySpace
* Com o alto patrocínio do Capitão Edu. Thanx, mate!
Origem: Nova Iorque (US)
Período de Actividade: 2007-
Influências: My Bloody Velentine (dos primórdios), Teenage Fanclub, The Pastels
A ouvir: The Pains Of Being Pure At Heart EP (Painbow, 2007)
MySpace
* Com o alto patrocínio do Capitão Edu. Thanx, mate!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
RAVE ON
Daqui a nada, no Santiago Alquimista...
Esta não irá faltar, concerteza.
Esta não irá faltar, concerteza.
The Raveonettes " Dead Sound" (Fierce Panda, 2007)
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
AO VIVO #10
Lydia Lunch + Flanela de Tal, 15/02/2008 @ ZdB
Com uma carreira que já ultrapassou as três décadas, e hoje fora dos radares mediáticos, LYDIA LUNCH tem ainda o raro dom de confrontar o seu público.
Foi precisamente isso que aconteceu no passado sábado. Com um espectáculo baseado no último trabalho em disco - Ghosts Of Spain - a artista nova-iorquina agora radicada em Barcelona apresenta uma cruel dissertação sobre a luta incessante pelas liberdades pessoais. Tendo como ponto de partida as memórias da Guerra Civil Espanhola, Lunch incita à libertação, seja das forças opressoras externas, seja dos demónios interiores de cada um de nós. A ponte para a actualidade fá-la por via das referências a algumas questões mais melindrosas do mundo actual: Guantamano, Kabul, Darfur, Baghdad, Palestina...
Em palco, apenas a performer e dois microfones. Ora em tom narrativo, ora em diálogo, como se de um livro se tratasse, a força das palavras ditas é exponenciada pelas imagens projectadas numa tela. A acompanhar o registo spoken word, um discreto suporte musical - gravado - que vagueia entre o vaudeville e um proto-jazz para caves bafientas.
No último tema, sobre os violadores "oportunistas" em cenário de guerra, o chorrilho de palavrões fez soltar algumas gargalhadas, inclusive entre o público feminino.
Incisivo, desafiante, perturbador... mas não para todos, está visto.
Antes da lenda viva, passaram pelo palco da ZdB uns tais de Flanela de Tal. A quem não viu, posso afiançar que são piores do que o nome possa fazer supor. À falta de melhor, digamos que conseguiram provar que não é Daniel Johnston ou Butthole Surfers quem quer. Ah pois, que o grotesco também tem a sua arte!
Foi precisamente isso que aconteceu no passado sábado. Com um espectáculo baseado no último trabalho em disco - Ghosts Of Spain - a artista nova-iorquina agora radicada em Barcelona apresenta uma cruel dissertação sobre a luta incessante pelas liberdades pessoais. Tendo como ponto de partida as memórias da Guerra Civil Espanhola, Lunch incita à libertação, seja das forças opressoras externas, seja dos demónios interiores de cada um de nós. A ponte para a actualidade fá-la por via das referências a algumas questões mais melindrosas do mundo actual: Guantamano, Kabul, Darfur, Baghdad, Palestina...
Em palco, apenas a performer e dois microfones. Ora em tom narrativo, ora em diálogo, como se de um livro se tratasse, a força das palavras ditas é exponenciada pelas imagens projectadas numa tela. A acompanhar o registo spoken word, um discreto suporte musical - gravado - que vagueia entre o vaudeville e um proto-jazz para caves bafientas.
No último tema, sobre os violadores "oportunistas" em cenário de guerra, o chorrilho de palavrões fez soltar algumas gargalhadas, inclusive entre o público feminino.
Incisivo, desafiante, perturbador... mas não para todos, está visto.
Antes da lenda viva, passaram pelo palco da ZdB uns tais de Flanela de Tal. A quem não viu, posso afiançar que são piores do que o nome possa fazer supor. À falta de melhor, digamos que conseguiram provar que não é Daniel Johnston ou Butthole Surfers quem quer. Ah pois, que o grotesco também tem a sua arte!
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
COMO ELES ERAM...
Em 1992 estes rapazes de Wigan respondiam ainda pelo singelo nome de VERVE (o artigo The seria acrescentado mais tarde, por imposição da editora com o mesmo nome). Seguindo uma meticulosa dieta de substâncias ilícitas, vagueavam entre o psicadelismo dos Spacemen 3 e o som espectral de uns Ride.
Depois viriam, por esta ordem, as canções épicas, as tensões internas, a dissolução, o reagrupamento, mais canções épicas, a consagração planetária, mais tensões, e a segunda morte.
Como não há duas sem três, após o semi-falhanço de Richard Ashcroft a solo, os The Verve renasceram em finais do ano passado para uma terceira vida. Para a Primavera prometem novo álbum - o quarto. Prometem também revisitar as várias facetas da carreira. Com algumas reticências, dou-lhes o benefício da dúvida
Depois viriam, por esta ordem, as canções épicas, as tensões internas, a dissolução, o reagrupamento, mais canções épicas, a consagração planetária, mais tensões, e a segunda morte.
Como não há duas sem três, após o semi-falhanço de Richard Ashcroft a solo, os The Verve renasceram em finais do ano passado para uma terceira vida. Para a Primavera prometem novo álbum - o quarto. Prometem também revisitar as várias facetas da carreira. Com algumas reticências, dou-lhes o benefício da dúvida
Verve "Man Called Sun" (Hut, 1992)
domingo, 17 de fevereiro de 2008
SEGUNDAS NÚPCIAS
O próximo mês de Maio fica marcado pelo regresso de uma das bandas fétiche deste tasco, três anos após o saudado renascimento com Take Fountain.
Os THE WEDDING PRESENT (TWP) terminaram já as gravações de El Rey, registado por Steve Albini nos seus Electrical Audio Studios, em Chicago. Segundo palavras de David Gedge, o incontornável líder e único membro da formação original da banda de Leeds, este disco será mais guitar oriented e negro que o seu antecessor.
Lembro que esta é segunda ocasião que os TWP se cruzam com o Midas Albini, depois do histórico Seamonsters (1991).
Faixas conhecidas ainda não há mas, títulos como "Don't Take Me Home Until I'm Drunk" ou "The Thing I Like Best About Him Is His Girlfriend" são o garante de que a lírica de Gedge continua a percorrer territórios conhecidos.
Os THE WEDDING PRESENT (TWP) terminaram já as gravações de El Rey, registado por Steve Albini nos seus Electrical Audio Studios, em Chicago. Segundo palavras de David Gedge, o incontornável líder e único membro da formação original da banda de Leeds, este disco será mais guitar oriented e negro que o seu antecessor.
Lembro que esta é segunda ocasião que os TWP se cruzam com o Midas Albini, depois do histórico Seamonsters (1991).
Faixas conhecidas ainda não há mas, títulos como "Don't Take Me Home Until I'm Drunk" ou "The Thing I Like Best About Him Is His Girlfriend" são o garante de que a lírica de Gedge continua a percorrer territórios conhecidos.
The Wedding Present no MySpace
INDEPENDÊNCIA?
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
LUNCH TIME
Sonic Youth (w/ Lydia Lunch) "Death Valley '69" (Blast First, 1985)
Por volta da meia-noite, na ZdB...
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
GOING BLANK AGAIN #4
THE HIGH VIOLETS
Origem: Portland, Oregon (US)
Período de actividade: 1999-
Influências: Lush, Slowdive, Mojave 3, Cocteau Twins
A ouvir: To Where You Are (Reverb, 2006)
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Origem: Portland, Oregon (US)
Período de actividade: 1999-
Influências: Lush, Slowdive, Mojave 3, Cocteau Twins
A ouvir: To Where You Are (Reverb, 2006)
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NOVIDADES DA SARJETA
Os percursos de Mark Lanegan e Greg Dulli já se tinham cruzado por mais do que uma vez, a última das quais no EP A Stitch In Time dos Twilight Singers, projecto do segundo após a morte dos superlativos The Afghan Whigs. Nessa ocasião ficou a sensação de que as afinidades entre estas personagens tão singulares poderia render algo mais. E assim nasceu o projecto THE GUTTER TWINS.
O primeiro resultado da união de esforços destes dois seres do lado errado da noite chega já no próximo dia 3 de Março, naquele que poderá ser um dos acontecimentos do ano: a edição do álbum Saturnalia com selo da Sub Pop.
E já agora, a cereja no topo do bolo (apontem na agenda s.f.f.): os Gutter Twins aterram em Lisboa, no Santiago Alquimista, a 30 de Abril próximo. Ainda por cima, véspera de feriado! Yes!!!
The Gutter Twins no MySpace
O primeiro resultado da união de esforços destes dois seres do lado errado da noite chega já no próximo dia 3 de Março, naquele que poderá ser um dos acontecimentos do ano: a edição do álbum Saturnalia com selo da Sub Pop.
E já agora, a cereja no topo do bolo (apontem na agenda s.f.f.): os Gutter Twins aterram em Lisboa, no Santiago Alquimista, a 30 de Abril próximo. Ainda por cima, véspera de feriado! Yes!!!
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
EM ESCUTA #24
BRITISH SEA POWER
Do You Like Rock Music?
(Rough Trade, 2008)
Só agora, um mês após a sua edição, me sinto capaz de formular uma opinião sobre o novo disco dos BRITISH SEA POWER (BSP). Sendo eu um entusiasta deste quarteto de Brighton desde a primeira hora, necessitei de inúmeras audições para concluir que uma parelha de temas ("All In It" e "Waving Flags") de grandiosidade previsível, na linha de uns Arcade Fire, é um equívoco perfeitamente dispensável. Neste particular, "No Lucifer" é mais contido e, por isso, passa o teste por uma unha negra.
Nos restantes temas, os BSP oferecem-nos o tal rock a que alude o título e que o EP Krankenhaus já prometia. Mercê de uma produção mais refinada do que no passado, os melhores momentos de Do You Like Rock Music? ("Atom", "Down On The Ground", "Lights Out For Darker Skies") soam mais incisivos e imediatos que nunca.
As letras, semi-politizadas, semi-impenetráveis, mantêm intacta aquela aura de misticismo que é já uma imagem de marca e que, segundo rezam as crónicas, é uma mais-valia em palco.
Sendo certo que Do You Like...? é já um êxito comercial sem precedentes na carreira dos BSP, também não deixa de ser verdade que está longe de ser o seu melhor. Ainda assim, um disco muito acima da média que recomendo sem hesitações.
Nos restantes temas, os BSP oferecem-nos o tal rock a que alude o título e que o EP Krankenhaus já prometia. Mercê de uma produção mais refinada do que no passado, os melhores momentos de Do You Like Rock Music? ("Atom", "Down On The Ground", "Lights Out For Darker Skies") soam mais incisivos e imediatos que nunca.
As letras, semi-politizadas, semi-impenetráveis, mantêm intacta aquela aura de misticismo que é já uma imagem de marca e que, segundo rezam as crónicas, é uma mais-valia em palco.
Sendo certo que Do You Like...? é já um êxito comercial sem precedentes na carreira dos BSP, também não deixa de ser verdade que está longe de ser o seu melhor. Ainda assim, um disco muito acima da média que recomendo sem hesitações.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
INDIE TOP 50
No seu número mais recente, em que os Smiths têm honras de capa, a revista Mojo publica uma lista com os 50 discos mais marcantes da cena independente do Reino Unido. Sem se limitar a um formato específico, e dando a primazia a primeiras obras, as cinquenta escolhas da publicação britânica são, como sempre, discutíveis. Por estes lados, foram notadas com alguma surpresa, não só as ausências de Prefab Sprout, A.R. Kane e Talulah Gosh, como as posições modestas ocupadas por Aztec Camera e The Wedding Present. Ainda assim, a lista poderá ser um óptimo guia de pesquisa para iniciados.
Sem querer ser demasiado exaustivo, deixo-vos uma listagem dos vinte primeiros:
Sem querer ser demasiado exaustivo, deixo-vos uma listagem dos vinte primeiros:
1. The Smiths This Charming Man (1983)
2. The Jesus And Mary Chain Psychocandy (1985)
3. Orange Juice You Can't Hide Your Love Forever (1982)
4. The Fall How I Wrote 'Elastic Man' (1980)
5. My Bloody Valentine You Made Me Realise (1988)
6. Joy Division Transmission (1979)
7. Arctic Monkeys I Bet You Look Good On The Dancefloor (2005)
8. The La's There She Goes (1990)
9. The Stone Roses The Stone Roses (1989)
10. Primal Scream Crystal Crescent/Velocity Girl (1986)
11. Felt Forever Breathes The Lonely Word (1986)
12. Subway Sect Ambition (1978)
13. The House Of Love Destroy The Heart (1988)
14. Belle & Sebastian Tigermilk (1996)
15. Echo & The Bunnymen Crocodiles (1980)
16. Wire Outdoor Miner (1979)
17. Teenage Fanclub Everything Flows (1990)
18. Lloyd Cole & The Commotions Rattlesnakes (1984)
19. This Mortal Coil Song To The Siren (1983)
20. Spacemen 3 Revolution (1988)
Para além de uma contextualização sucinta de cada disco, a Mojo oferece ainda aos seus leitores um excelente CD-compilação que capta eficazmente o espírito da coisa. Entre os 15 temas apresentados, podemos encontrar pequenos tesouros como "The Revolutionary Spirit" (The Wild Swans), "Up The Hill And Down The Slope" (The Loft), ou "Penelope Tree" (Felt). Ou ainda este, da banda que serviu de tubo de ensaio aos Stereolab:
McCarthy "Keep An Open Mind, Or Else" (Midnight Music, 1989)
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
10 ANOS É MUITO TEMPO #3
NEUTRAL MILK HOTEL
In The Aeroplane Over The Sea
(Merge, 1998)
Será hoje um facto inegável que este é um dos discos mais influentes dos últimos anos. Em 2003, na edição comemorativa do seu 10.º aniversário, a revista Magnet considerava-o até o mais importante disco lançado desde o seu nascimento, à frente de obras do calibre de OK Computer, In Utero, If You're Feeling Sinister, ou Alien Lanes.
O mais curioso no meio de tudo isto é que, dez anos volvidos desde a sua edição original, aquele que foi um disco inicialmente ignorado pelo público, é hoje referido por um número crescente de pessoas, sejam elas músicos, críticos, ou simples consumidores.
Sobre este magnum opus (perceberam o trocadilho?) já aqui dissertei há uns tempos. Por ora, como ilustração, deixo o vídeo não-oficial de um dos seus temas. Aviso que algumas das imagens poderão chocar os mais susceptíveis.
O mais curioso no meio de tudo isto é que, dez anos volvidos desde a sua edição original, aquele que foi um disco inicialmente ignorado pelo público, é hoje referido por um número crescente de pessoas, sejam elas músicos, críticos, ou simples consumidores.
Sobre este magnum opus (perceberam o trocadilho?) já aqui dissertei há uns tempos. Por ora, como ilustração, deixo o vídeo não-oficial de um dos seus temas. Aviso que algumas das imagens poderão chocar os mais susceptíveis.
"Holland, 1945"
LEITURA COMPULSIVA
CORMAC McCARTHY
Este País Não É Para Velhos
(No Country For Old Men, 2005)
[Edição Port.: Relógio d'Água, 2007]
Este País Não É Para Velhos
(No Country For Old Men, 2005)
[Edição Port.: Relógio d'Água, 2007]
Acabei recentemente de devorar aquela que é a última obra de um dos maiores escritores norte-americanos vivos. Drama pungente, de uma violência extrema, com a acção situada temporalmente no início da década de 1980, o livro de Cormac McCarthy retrata uma América profunda em mudança. Uma tradução sofrível (um mau hábito numa boa parte da literatura contemporânea publicada por cá) não impede que o enredo nos absorva da primeira à última página.
Como muitos já saberão, esta obra foi alvo de uma adaptação cinematográfica por parte de Joel e Ethan Coen. A ante-estreia está marcada para o próximo dia 25, por ocasião da abertura da 28.ª edição do Fantas. O debute nas salas acontece três dias mais tarde.
Sabendo da apetência dos irmãos Coen para uma certa sublimação da violência, confesso que a ansiedade se mistura com alguma apreensão em relação ao resultado. Isto apesar de algumas críticas bastante favoráveis que já li em meios usualmente insuspeitos. A ver vamos...
Para aguçar o apetite, podem ver o trailer aqui.
Como muitos já saberão, esta obra foi alvo de uma adaptação cinematográfica por parte de Joel e Ethan Coen. A ante-estreia está marcada para o próximo dia 25, por ocasião da abertura da 28.ª edição do Fantas. O debute nas salas acontece três dias mais tarde.
Sabendo da apetência dos irmãos Coen para uma certa sublimação da violência, confesso que a ansiedade se mistura com alguma apreensão em relação ao resultado. Isto apesar de algumas críticas bastante favoráveis que já li em meios usualmente insuspeitos. A ver vamos...
Para aguçar o apetite, podem ver o trailer aqui.
O SOL EM QUEDA
Sob a designação A PLACE TO BURY STRANGERS poder-se-ia esconder uma qualquer banda dos meandros do gótico. Felizmente não é o caso.
No entanto, em certos momentos, as ambiências negras criadas por este trio de Brooklyn fazem inveja a muita banda de fantoches com eyeliner. É o caso da lenta combustão alimentada a ruído deste tema. Resta acrescentar que o filmezinho em cenário pós-apocalíptico lhe assenta como uma luva.
No entanto, em certos momentos, as ambiências negras criadas por este trio de Brooklyn fazem inveja a muita banda de fantoches com eyeliner. É o caso da lenta combustão alimentada a ruído deste tema. Resta acrescentar que o filmezinho em cenário pós-apocalíptico lhe assenta como uma luva.
A Place To Bury Strangers "The Falling Sun" (Killer Pimp, 2007)
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
EM ESCUTA #23
THE RAVEONETTES
Lust Lust Lust
(Fierce Panda, 2007)
Paralelamente às grandes revoluções, o mundo da pop é também feito daqueles casos de reciclagem, com estilo, dos sons de outrora. Sem qualquer desprimor para os protagonistas, poderemos afirmar que este duo dinamarquês se insere neste segundo grupo. Ancorados nas memórias da surf music, com umas pitadas de Ronettes, dos Velvet, e (claro!) dos Jesus & Mary Chain, os Raveonettes têm sabido urdir a banda sonora ideal para aqueles momentos em que não apetece intelectualizar demasiado as coisas.
Após uma experiência semi-falhada com o anterior Pretty In Black (2005), em que uma produção demasiado polida desvirtuava o som característico, os Raveonettes parecem, por ora, apostados em recuperar a aura que os acompanhou nos primeiros registos.
Abdicando em absoluto de baterias orgânicas para a feitura deste disco, o duo investe desta vez numa produção mais tosca e em doses de distorção mais generosas que nunca. Por muito paradoxal que isso possa parecer, Lust Lust Lust fica a ganhar em ternura e sensualidade. Para isso, muito terão contribuído dois factores: melodias mais elaboradas e o recurso, quase em exclusivo, à voz doce de Sharin Foo. Como exemplo, recomendo a audição do irresistível single "Dead Sound" - descargas de feedback, uma voz dengosa, e um teclado rasca, fazem deste um dos "clássicos" do grupo. O outro momento alto surge mesmo a encerrar, com o hiper-velvetiano "The Beat Dies".
Discos de puro lazer querem-se directos, com faixas curtas. Aproximando-se dos 45 minutos para uma dúzia de temas, Lust... não cumpre em pleno esse requisito. Será esse o seu único contra.
Abdicando em absoluto de baterias orgânicas para a feitura deste disco, o duo investe desta vez numa produção mais tosca e em doses de distorção mais generosas que nunca. Por muito paradoxal que isso possa parecer, Lust Lust Lust fica a ganhar em ternura e sensualidade. Para isso, muito terão contribuído dois factores: melodias mais elaboradas e o recurso, quase em exclusivo, à voz doce de Sharin Foo. Como exemplo, recomendo a audição do irresistível single "Dead Sound" - descargas de feedback, uma voz dengosa, e um teclado rasca, fazem deste um dos "clássicos" do grupo. O outro momento alto surge mesmo a encerrar, com o hiper-velvetiano "The Beat Dies".
Discos de puro lazer querem-se directos, com faixas curtas. Aproximando-se dos 45 minutos para uma dúzia de temas, Lust... não cumpre em pleno esse requisito. Será esse o seu único contra.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
O GURU
Faleceu ontem na Holanda, onde vivia desde o início da década passada, o fundador da Técnica da Meditação Transcendental. O lugar na história da música popular conquistou-o graças à sua ligação aos Beatles.
Em Fevereiro de 1968, por influência de George Harrison, os quatro de Liverpool deslocaram-se à Índia numa espécie de retiro espiritual destinado ao estudo das técnicas do guru. Todo o percurso posterior dos fab four ficaria marcado por esta experiência.
Do grupo que acompanhou os Beatles na expedição faziam parte vários amigos dos músicos, entre eles Mike Love (Beach Boys), Donovan, e as irmãs actrizes Mia e Prudence Farrow.
Durante a estadia na Índia, e inspirado por esta última, John Lennon escreveu esta canção:
Em Fevereiro de 1968, por influência de George Harrison, os quatro de Liverpool deslocaram-se à Índia numa espécie de retiro espiritual destinado ao estudo das técnicas do guru. Todo o percurso posterior dos fab four ficaria marcado por esta experiência.
Do grupo que acompanhou os Beatles na expedição faziam parte vários amigos dos músicos, entre eles Mike Love (Beach Boys), Donovan, e as irmãs actrizes Mia e Prudence Farrow.
Durante a estadia na Índia, e inspirado por esta última, John Lennon escreveu esta canção:
The Beatles "Dear Prudence" (Apple, 1968)
GOING BLANK AGAIN #3
THE MORNING AFTER GIRLS
Origem: Melbourne, Victoria (AU)
Período de actividade: 2002-
Influências: Spacemen 3; Swervedriver; The Brian Jonestown Massacre, The Dandy Warhols
A ouvir: Shadows Evolve (Best Before, 2006)
MySpace
Origem: Melbourne, Victoria (AU)
Período de actividade: 2002-
Influências: Spacemen 3; Swervedriver; The Brian Jonestown Massacre, The Dandy Warhols
A ouvir: Shadows Evolve (Best Before, 2006)
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É PÁ PORRADA!
Directamente do fervilhante underground londrino, apresento-vos os LET'S WRESTLE. Na música deste trio, que não desagradará aos acólitos dos Art Brut, é possível vislumbrar referências à facção DIY do post-punk (Subway Sect, Swell Maps), aos esquecidos Felt, ou aos ritmos absurdos dos Pavement.
Chegaram ao meu conhecimento através do irresistível "I Wish I Was In Hüsker Dü", tema que, em breve, integrará a compilação Counter Culture 2007 das lojas Rough Trade. Também para breve, está agendada a edição do EP In Loving Memory Of.... A coisa tem selo da Stolen Recordings, uma pequena editora que convém ter debaixo de olho.
Chegaram ao meu conhecimento através do irresistível "I Wish I Was In Hüsker Dü", tema que, em breve, integrará a compilação Counter Culture 2007 das lojas Rough Trade. Também para breve, está agendada a edição do EP In Loving Memory Of.... A coisa tem selo da Stolen Recordings, uma pequena editora que convém ter debaixo de olho.
Let's Wretle no MySpace
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
SAMBA NÓRDICO
Praticantes de um twee pop afilhado das all-girl bands da década de 1960, estes Sambassadeur, com passos curtos mas seguros, vão aos poucos marcando pontos fora da Suécia natal. O motivo desta crescente exposição além-fronteiras é Migration, o segundo álbum editado pela Labrador em finais do ano passado.
As afinidades vocais de Anna Persson com Sarah Cracknell, a elegantíssima vocalista dos Saint Ettiene, chegam a ser assustadoras. Oiçam e comparem.
As afinidades vocais de Anna Persson com Sarah Cracknell, a elegantíssima vocalista dos Saint Ettiene, chegam a ser assustadoras. Oiçam e comparem.
Sambassadeur no MySpace
DISCOS PE(R)DIDOS #17
THE GUN CLUB
Fire Of Love (Ruby/Slash, 1981)
Oriundos de Los Angeles, os Gun Club apresentaram-se ao mundo com este verdadeiro clássico, uma combinação inesperada e inovadora de punk, rockabilly, blues e country-rock. Em simultâneo, e recorrendo ao um imaginário cartoonesco, os camaradas The Cramps, pisavam os mesmos territórios, embora a milhas de distância do negrume deste combo liderado por Jeffrey Lee Pierce.
Uma secção rítmica absolutamente groovy e uma guitarra em chamas fornecem a energia necessária à poesia maldita de Pierce. Os tópicos aflorados por alguém que viveu sempre à beira do precipício não poderiam ser outros: morte, sexo, drogas e magia negra.
Logo a abrir, o petardo "Sex Beat" não engana - pulsão sexual feita rock'n'roll. "She's Like Heroin To Me" estabelece a comparação entre um desejo incontrolável e o vício que contribuiria para a morte prematura de Pierce, em 1996. "For The Love Of Ivy" é demonstração de devoção a Poison Ivy, a guitarrista dos citados The Cramps. "Fire Spirit" e "Ghost On The Highway" são banda sonora para viagem assombrada pela imensidão do deserto.
Hoje algo esquecido, Fire Of Love é um disco sacado aos recantos mais lúgubres da alma. A sua perenidade e relevância tornam-no peça fundamental na discoteca de qualquer melómano que se preze. Se ajudar em alguma coisa, posso acrescentar que os frutos deste cocktail explosivo foram, anos mais tarde, colhidos por gente tão ilustre como Nick Cave, Mark Lanegan ou os Gallon Drunk.
Uma secção rítmica absolutamente groovy e uma guitarra em chamas fornecem a energia necessária à poesia maldita de Pierce. Os tópicos aflorados por alguém que viveu sempre à beira do precipício não poderiam ser outros: morte, sexo, drogas e magia negra.
Logo a abrir, o petardo "Sex Beat" não engana - pulsão sexual feita rock'n'roll. "She's Like Heroin To Me" estabelece a comparação entre um desejo incontrolável e o vício que contribuiria para a morte prematura de Pierce, em 1996. "For The Love Of Ivy" é demonstração de devoção a Poison Ivy, a guitarrista dos citados The Cramps. "Fire Spirit" e "Ghost On The Highway" são banda sonora para viagem assombrada pela imensidão do deserto.
Hoje algo esquecido, Fire Of Love é um disco sacado aos recantos mais lúgubres da alma. A sua perenidade e relevância tornam-no peça fundamental na discoteca de qualquer melómano que se preze. Se ajudar em alguma coisa, posso acrescentar que os frutos deste cocktail explosivo foram, anos mais tarde, colhidos por gente tão ilustre como Nick Cave, Mark Lanegan ou os Gallon Drunk.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
ERVA DA BOA
A melancolia reinante no último fôlego poderia fazer prever o pior: dos Supergrass foliões incorrigíveis restava apenas a memória, e a banda parecia prestes a entregar a alma ao Criador. Ainda assim, Road To Rouen era um belíssimo disco, embora diferente, dos mais louváveis sobreviventes da britpop.
Três anos volvidos, o novo álbum que se anuncia para Março vem baralhar todas as previsões anteriores, com a boa disposição de volta ao horizonte dos Supergrass. Pelo menos a julgar pelo single de avanço, que dá também nome ao álbum - um piscar de olho aos White Stripes da colheita de 2001, sem perder de vista a eterna figura tutelar de Marc Bolan.
Supergrass "Diamond Hoo Ha Man" (Parlophone, 2008)
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
VAMPIRISMO DE FIM-DE-SEMANA
Vampire Weekend "A-Punk" (XL, 2008)
Intrigante, no mínimo, aquilo que tenho ouvido e lido sobre as virtudes do primeiro disco destes rapazes de Brooklyn. De repente, parece que a malta descobriu o filão totó e não quer outra coisa.
Um dos discos do ano? Epá, não me f****! Será que a memória de quem opina se apagou? No passado, quantas bandas não fizeram já algo de semelhante, mas melhor, sem que isso as tivesse resgatado à obscuridade?
O vídeo é um bom vídeo, é preciso dizê-lo. Quanto à música, prefiro continuar a ouvir os Orange Juice. Ou o primeiro dos Clap Your Hands Say Yeah.
NOTA: Uma pessoa que tenho em boa conta disse-me que isto lhe fazia lembrar o Sting. Eu não quis ser tão mauzinho...
Um dos discos do ano? Epá, não me f****! Será que a memória de quem opina se apagou? No passado, quantas bandas não fizeram já algo de semelhante, mas melhor, sem que isso as tivesse resgatado à obscuridade?
O vídeo é um bom vídeo, é preciso dizê-lo. Quanto à música, prefiro continuar a ouvir os Orange Juice. Ou o primeiro dos Clap Your Hands Say Yeah.
NOTA: Uma pessoa que tenho em boa conta disse-me que isto lhe fazia lembrar o Sting. Eu não quis ser tão mauzinho...
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